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2008/09: Messi ofusca Ronaldo em Roma

O principal tema de conversa antes do início da final foi o frente-a-frente entre dois dos maiores jovens talentos atacantes a actuar na Europa: Lionel Messi, do Barcelona, e Cristiano Ronaldo, do Manchester United.

Lionel Messi foi o melhor marcador da UEFA Champions League em 2008/09
Lionel Messi foi o melhor marcador da UEFA Champions League em 2008/09 ©Getty Images

FC Barcelona 2-0 Manchester United FC
(Eto'o 10, Messi 70)
Stadio Olimpico, Roma

O principal tema de conversa antes do início da final era o frente-a-frente entre dois dos maiores jovens talentos atacantes a actuar na Europa: Lionel Messi, do lado do FC Barcelona, e Cristiano Ronaldo, do Manchester United FC. No entanto, não foi isso que aconteceu e a formação inglesa viu esfumar-se o sonho de conquistar o segundo título seguido de campeão da Europa diante da equipa orientada por Josep Guardiola, o sexto homem a sagrar-se campeão europeu de clubes como jogador e treinador.

"Esperava melhor"
"Era uma grande oportunidade para nós e, com os nossos jogadores, esperava melhor, mas não conseguimos reagir e recuperar depois de sofrermos o primeiro golo", admitiu, desapontado, Sir Alex Ferguson, após o final do encontro. Ronaldo ainda ameaçou a baliza do Barça com dois perigosos remates nos minutos iniciais, mas foi a equipa catalã a inaugurar o marcador estavam decorridos dez minutos de jogo, por intermédio de Samuel Eto'o, que recebeu um passe de Andrés Iniesta e ultrapassou o defesa Nemanja Vidić, antes de bater Edwin van der Sar.

Três títulos numa época
O United, detentor do título, tentou reencontrar-se mas, a 20 minutos do apito final, as suas aspirações caíram de vez por terra, quando um cruzamento teleguiado de Xavi Hernández chegou até Messi e este, solto de marcação e de cabeça – algo raro para o pequeno astro argentino –, apontou o seu nono golo na prova. Ronaldo efectuou mais um pontapé perigoso poucos minutos depois, mas já nada podia parar o Barcelona, que assim se tornou na primeira equipa espanhola a conquistar, na mesma época, a Liga espanhola, a Taça de Espanha e a UEFA Champions League.

"Algo de magnífico"
"Estamos muito felizes e a delirar", afirmou Guardiola, na sua primeira temporada como treinador principal do clube e que, em 1992, quando o Barça conquistou o seu primeiro título de campeão europeu, actuava no meio-campo da turma catalã. "Temos consciência de que alcançámos algo de magnífico. Gostaria de felicitar todo o clube e os adeptos. Não somos a melhor equipa da história do Barça, mas realizámos a melhor temporada de sempre. Conquistámos três troféus e importa também recordar a forma como os ganhámos".

Nomes novos
A fase de grupos da edição de 2008/09 ficou marcada pela presença de quatro "outsiders" que começaram por dar muito boa conta de si – Aalborg BK (Dinamarca), Anorthosis Famagusta FC (Chipre), CFR 1907 Cluj (Roménia) e FC BATE Borisov (Bielorrússia) – e que, apesar de terem ficado pelo caminho nesta fase, despediram-se da competição de cabeça erguida. O mesmo já não se pode dizer do Sporting, que depois de chegar aos oitavos-de-final da prova pela primeira vez na sua história, acabou por perder por 5-0 em casa e por 7-1 na Alemanha diante do FC Bayern München (12-1 no total das duas mãos), sendo que o resultado em solo germânico constituiu recorde da prova em jogos pós-fase de grupos.

Caminhada até à final
O Bayern foi eliminado na ronda seguinte pelo Barça, que, nos oitavos-de-final, deixara pelo caminho o Olympique Lyonnais. Nas meias-finais, um golo de Iniesta já nos descontos valeu ao Barça um empate a um tento no terreno do Chelsea FC e a consequente passagem à final de Roma, graças à regra dos golos apontados fora de casa, depois do nulo verificado no encontro da primeira mão, em Camp Nou. Para chegar ao jogo decisivo, o United, por seu lado, deixou pelo caminho na fase a eliminar FC Internazionale Milano, FC Porto e o Arsenal FC, este último nas meias-finais.