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Coragem deixa Guardiola orgulhoso

Josep Guardiola afirmou que "não esperava resultados tão bons logo na primeira época", após se ter tornado no primeiro treinador a levar uma equipa à final da competição na estreia, depois de Vicente Del Bosque.

Josep Guardiola festeja o golo do Barcelona
Josep Guardiola festeja o golo do Barcelona ©Getty Images

O treinador do FC Barcelona, Josep Guardiola, ficou "muito, muito feliz" após o golo de Andrés Iniesta no tempo de compensação ter colocado um ponto final às aspirações do Chelsea FC numa intensa meia-final da UEFA Champions League disputada em Stamford Bridge, feito que tornou o técnico de 38 anos no primeiro a conduzir uma equipa à final da Taça dos Clubes Campeões Europeus logo na primeira época, depois de Vicente Del Bosque em 1999/2000. Para o homólogo adversário, Guus Hiddink, houve apenas desilusão, já que a sua equipa esteve pertíssimo de voltar a disputar a final frente ao detentor do ceptro europeu, o Manchester United FC, no Stadio Olimpico de Roma, a 27 de Maio.

Josep Guardiola, treinador do Barcelona
Tentámos ganhar o jogo, circular a bola e criar oportunidades. Não criámos assim tantas como desejávamos - esperava que o Chelsea atacasse mais, mas não foi isso que se viu e tudo ficou mais difícil para nós. Tenho muita fé na minha equipa, continuámos a tentar e não nos podemos esquecer de que jogámos com dez homens durante 25 minutos. É justo dizer que o Chelsea criou oportunidades em contra-ataque, mas ainda assim jogaram de forma algo conservadora, porque quando se tem jogadores como [Lionel] Messi o adversário sabe bem o grau da ameaça. É difícil bater o Chelsea com 11 jogadores, por isso com dez ainda pior, mas nunca deixámos de tentar e, por isso, estamos muito, muito felizes. O Chelsea é bom no contra-ataque, mas mostrámos força e coragem, aguentámo-nos e criámos aquela oportunidade mesmo no final. Estou muito feliz pelo Andrés, é um grande jogador e representa o Barcelona há muitos anos. Tem sido muito criticado por não marcar golos em número suficiente, mas acredito que isso vai mudar a partir deste jogo.

O United é o detentor do título, uma equipa extraordinária e tem um treinador muito experiente. Espero que eles joguem recuados e apostem no contra-ataque - isso é o que eu penso, mas tenho de rever a nossa meia-final com eles na última época e também observar os seus jogos recentes. Vamos atacar e espero que seja um belo jogo - eles têm alguns bons jogadores e são uma grande equipa, mas nós também somos. Vamos tentar vencer e talvez seja merecido conquistarmos o troféu. [Daniel] Alves está suspenso e Eric Abidal também, mas jogámos hoje sem [Rafael] Márquez nem [Carles] Puyol e o [Yaya] Touré já não jogava a central há dez anos, mas parece-me que estivemos bem. Vamos ter mais jogadores diferentes na final, mas actuaremos da mesma forma - segurar a bola, fazer circulação e tentar fazer golos.

Obviamente que estou muito satisfeito pela forma como as coisas estão a correr este ano. Tenho de ser sincero e afirmar que não esperava resultados tão bons logo na primeira época. O meu objectivo primordial é terminar a Liga e tentar vencer a Taça [de Espanha] frente ao [Athletic Club] Bilbao na próxima semana e depois poderemos olhar para a final contra o United - obviamente que estar em duas finais significa uma boa época.

Guus Hiddink, treinador do Chelsea
Estou muito desiludido, mas cheio de adrenalina e tenho de tentar acalmar-me e analisar o que se passou. Fizemos um bom jogo, estivemos tacticamente bem, mas deveríamos ter decidido a eliminatória antes. A este nível é muito difícil e deveríamos ter aproveitado duas ou três oportunidades, pois aí não teria havido toda esta confusão. Normalmente usamos óculos um pouco mais coloridos, mas por vezes é preciso dar o benefício da dúvida ao árbitro. Os jogadores cometem muitos erros, os treinadores cometem erros - os árbitros cometem erros e é por isso que falámos sobre dar o benefício da dúvida. Faz tudo parte do jogo.

Seria interessante haver outra final e repetir a da última época. Existe enorme desilusão [no balneário] por não termos conseguido ir até ao fim. Compreendo perfeitamente as emoções dos jogadores.