O'Shea não poupa elogios a Ronaldo
quarta-feira, 6 de maio de 2009
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O extremo marcou dois golos na vitória do United no terreno do Arsenal, que ajudaram a garantir a presença na final de Roma, levando o defesa John O'Shea a afirmar que o português é mesmo "o melhor do Mundo".
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Cristiano Ronaldo marcou dois dos três golos que permitiram ao Manchester United FC eliminar o Arsenal FC e garantir a presença na final da UEFA Champions League. O defesa John O'Shea afirmou que o português é mesmo "o melhor do Mundo".
"É um sonho"
Os detentores do título europeu fizeram um excelente início de jogo e venceram por 3-1, garantindo um lugar na final de Roma com um resultado total de 4-1. O United ganhou vantagem aos oito minutos, com um golo de Park Ji-Sung, a passe de Ronaldo, e o português decidiu o encontro com dois tentos, o primeiro dos quais apontado apenas três minutos após o de Park. O'Shea, autor do único golo da primeira mão, afirmou: "Ronaldo deu-nos o triunfo e mostrou a todos porque razão é o melhor jogador do Mundo. É um sonho ver tudo aquilo que ele é capaz de fazer".
"Táctica resultou"
"Foi uma sensação incrível, pois jogámos muito bem," acrescentou o defesa internacional irlandês. "Sabíamos que os jogadores que temos poderiam desequilibrar o jogo no contra-ataque e a táctica resultou de forma perfeita, especialmente na primeira parte. O Ronaldo decidiu o encontro com um golo incrível". Park beneficiou de um deslize de Kieran Gibbs para inaugurar o marcador, e Ronaldo aumentou a vantagem ao bater Almunia, com técnica e força, na conversão de um livre a 40 metros da baliza. Ronaldo explicou no final do embate que o guarda-redes espanhol não teve culpas no golo sofrido: "O remate foi bastante difícil, pois a bola desviou-se um pouco. Foi um bom golo".
Superlativos
No balanço da partida, havia tantos superlativos como sorrisos entre os jogadores do United, com o clube a ficar a um passo de conquistar pela quarta vez a Taça dos Clubes Campeões Europeus, depois de ter sido a primeira equipa a vencer em casa do Arsenal FC desde que o Chelsea FC eliminou os "gunners" nos quartos-de-final da edição de 2003/04, ainda no antigo Estádio de Highbury. O suplente Ryan Giggs elogiou a "brilhante" exibição colectiva, bem demonstrada à passagem da hora de jogo, num rápido contra-ataque em que participaram Ronaldo, Wayne Rooney e Park e que foi transformado pelo português no terceiro golo do United. "As trocas de bola e as movimentações foram brilhantes durante todo o encontro e a jogada do 3-0 foi o coroar de uma excelente exibição", explicou o veterano galês de 35 anos, que integrava a equipa que, há dez anos, deu a primeira Taça dos Campeões Europeus a Alex Ferguson.
"Golos mudam os jogos"
Giggs acrescentou que o golo madrugador, o primeiro de Park na UEFA Champions League, foi decisivo na evolução do encontro. "Recolocou a pressão sobre o Arsenal, que ficou obrigado a marcar por três vezes", afirmou. Os londrinos tiveram de subir no terreno, o United aproveitou os espaços na retaguarda e poderia ter marcado mais do que três golos, com Ronaldo e Rooney a forçarem Almunia a realizar algumas defesas de relevo. Os visitantes terminaram o encontro com o dobro dos remates do adversário (dez contra cinco) e 44 por cento de posse de bola. "Os golos mudam os jogos e penso que foi isso que aconteceu esta noite. Depois do nosso tento, a Arsenal sabia que precisava de fazer três, depois voltámos a marcar, o que acabou com as esperanças do adversário. Fizemos magníficas jogadas frente a uma excelente equipa do Arsenal, pelo que foi um jogo brilhante", acrescentou o avançado Rooney.
Infelicidade de Fletcher
O único ponto negativo para a equipa de Alex Ferguson foi a expulsão de Darren Fletcher nos minutos finais, o que vai obrigar o médio a falhar a final de 30 de Maio, frente ao FC Barcelona ou ao Chelsea FC. O árbitro Roberto Rosetti mostrou o cartão vermelho ao escocês depois de uma falta sobre Cesc Fàbregas, que originou a grande penalidade que permitiu a Robin van Persie marcar o golo do Arsenal. "Ele tem estado a realizar uma época incrível e é muito mau ficar fora da final desta forma", comentou o médio Michael Carrick.