Hiddink faz apelo à experiência do Chelsea

À medida que os seus jogadores se preparam para ultrapassar um obstáculo chamado FC Barcelona no caminho para a final da UEFA Champions League, Guus Hiddink, treinador do Chelsea FC, avisou que não vão haver muitas mais ocasiões para concretizar o desejo de vencer a competição.

Apelo à experiência
Com esta a ser a sua quinta presença nas meias-finais da mais prestigiada competição europeia de clubes, em seis épocas, é tentador assumir que o Chelsea está bem encaminhado para marcar presença na final da UEFA Champions League. No entanto, Hiddink, cujo período no comando da equipa londrina termina este mês, está consciente que o tempo não corre a seu favor e que Frank Lampard, Didier Drogba, Michael Ballack, Nicolas Anelka, Ricardo Carvalho e Deco já são todos trintões.

Desilusão de Moscovo
O Chelsea espera ansiosamente que este seja o seu ano e que não haja mais nenhuma decepção a juntar às agonias sofridas na final do ano anterior, em Moscovo, quando o troféu pareceu ao seu alcance no desempate por grandes penalidades, mas acabou por ser o Manchester United FC a vencê-lo. "É óbvio que esta equipa é boa e que os jogadores desejam bastante vencer o troféu", afirmou Hiddink, cujos comandados venceram por 3-1 o derby frente ao Fulham FC, no sábado. "Eles já o provaram em edições anteriores da Champions League, mas agora já não têm mais cinco ou seis anos para aproveitar oportunidades como esta. Esta vai ser uma das derradeiras ocasiões para vários jogadores conseguirem o que tanto ambicionam".

"Inteligência e paixão"
Se o Chelsea pensava que o pior já tinha passado, depois do empate a zero em Camp Nou, então a goleada do Barcelona em casa do Real Madrid CF, por 6-2, no fim-de-semana, lembrou-lhe o quão perigosa pode ser a equipa de Josep Guardiola, mesmo fora de casa. Hiddink admite que gostou do espectáculo e não poupa elogios à forma como o clube catalão mantém a sua filosofia de jogo ofensivo, independentemente do treinador. Ainda assim, insiste que este vai ser um jogo diferente daquele que silenciou o público do Santiago Bernabéu. "Devemos jogar com inteligência e paixão", acrescentou. "O Barcelona é a melhor equipa europeia do momento, por isso há que jogar com inteligência, porque o mais pequeno erro pode ser fatal para nós. Por outro lado, não podemos jogar sem paixão, porque isso seria um travão à nossa pretensão de jogar bem. Se pudermos combinar as duas coisas, então assistiremos a um desafio muito bom".

Ausências no Barça
O Chelsea acredita que a ausência do lesionado Rafael Márquez e do castigado Carles Puyol no centro da defesa dos visitantes pode ser o caminho para bater o Barça. É provável que Guardiola desloque Eric Abidal para o eixo, ao lado de Gerard Piqué, fazendo entrar Sylvinho para o lado esquerdo da defesa. O Barcelona também tem preocupações com Henry, que se lesionou num joelho frente ao Real, mas mesmo assim Guardiola está confiante que a equipa vai estar à altura das exigências. "Temos uma hipótese fantástica para chegar à final e é com isso que eu e a equipa sonhamos", disse. "Sinto verdadeiramente que temos uma ocasião de ouro, por isso vou escolher uma equipa capaz de vencer a partida".