Ronaldo faz a diferença
quarta-feira, 15 de abril de 2009
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FC Porto 0-1 Manchester United FC (total: 2-3)
O FC Porto disse adeus ao sonho das meias-finais, com um brilhante e madrugador golo de Cristiano Ronaldo a decidir o jogo do Dragão.
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O FC Porto disse esta quarta-feira adeus ao sonho de marcar presença nas meias-finais da UEFA Champions League, ao perder por 1-0 frente ao campeão europeu Manchester United FC, equipa que segue em frente com um total de 3-2. Cristiano Ronaldo assinou um brilhante golo logo aos seis minutos e decidiu o jogo do Estádio do Dragão.
"Rocket" Ronaldo
Pese embora o poderio atacante do adversário, reforçado pelo regressado Dimitar Berbatov, o FC Porto parecia destinado a um tranquilo e concentrado início de encontro, mas os "dragões" não estavam preparados para um momento de inspiração de Cristiano Ronaldo. Decorria o minuto seis quando o internacional português recebeu a bola de Anderson a cerca de 30 metros da baliza portista, antes de desferir um portentoso remate de pé direito que não deu hipóteses de defesa a Helton e fez a bola entrar ao ângulo superior. O FC Porto acusou o toque madrugador e revelou muitas dificuldades para ultrapassar o sólido meio-campo contrário, onde Anderson e Michael Carrick ditavam leis.
Lucho sai lesionado
O primeiro sinal de verdadeiro perigo dado pela equipa da casa só surgiu aos 20 minutos e de bola parada, com o livre directo de Bruno Alves a fazer o esférico passar ligeiramente ao lado da baliza do United. A predominância a meio-campo tinha mudado radicalmente e isso só não se reflectiu no marcador porque Lisandro López viu o seu disparo acrobático ser detido por Van der Sar aos 25 minutos. A cavalgada portista sofreu, contudo, um forte revés à passagem da meia-hora de jogo, quando Lucho saiu lesionado e cedeu o seu posto a Mariano.
Oportunidades
O FC Porto fez tudo para não chegar ao intervalo em desvantagem e a verdade é que Bruno Alves ficou muito perto desse objectivo aos 41 minutos, mas o seu cabeceamento, após um livre de Raul Meireles, errou o alvo. Apesar de raramente se ter aproximado com perigo da baliza de Helton após o 1-0, o United teve uma oportunidade soberana para duplicar a sua vantagem mesmo em cima do descanso. Ryan Giggs cobrou um canto na esquerda e solicitou o desvio de cabeça de John O'Shea, com a bola a sobrar para o desmarcado Nemanja Vidić, que fez o mais difícil e atirou por cima da barra quando se encontrava a um metro da linha de golo.
Tentar mudar
O fogo do dragão fez-se sentir logo após o reatamento, com a primeira labareda a pertencer a Raul Meireles, que rematou ao lado de pé esquerdo. Esse lance funcionou como uma espécie de alarme para o United, que cerrou ainda mais os dentes e intensificou a pressão sobre o transportador da bola. O adormecimento do encontro não agradava, como é natural, aos anfitriões, pelo que não foi de estranhar que Ernesto Farías tenha sido lançado para o lugar de Cristián Rodríguez. O United deixou praticamente de tentar sair para o contra-ataque, preocupando-se mais em proteger a sua retaguarda.
Nada a fazer
Rolando ainda cabeceou ao lado após um canto de Meireles aos 76 minutos, mas o que sobrava em vontade aos "dragões" ia escasseando em forças. Os ataques portistas sucediam-se a uma velocidade vertiginosa, mas o último passe ou cruzamento deitava invariavelmente tudo a perder. Lisandro viu Van der Sar revelar muita atenção à entrada dos últimos cinco minutos, mas não deixou de ser irónico que fosse Ronaldo a criar o derradeiro momento de emoção, quando obrigou Helton a uma excelente defesa para canto. Estava escríto o último capítulo da aventura portista.