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Hiddink não esconde satisfação

O treinador do Chelsea falou no sentimento da equipa ao intervalo, na conversa que teve com os jogadores e no orgulho que sente dos seus pupilos, enquanto Rafa Benítez destacou o espírito do Liverpool.

Didier Drogba saúda os adeptos do Chelsea no final do encontro
Didier Drogba saúda os adeptos do Chelsea no final do encontro ©Getty Images

Guus Hiddink mostrou-se simultaneamente aliviado e orgulhoso, no rescaldo do incrível empate a quatro golos frente ao Liverpool FC, que valeu o apuramento do Chelsea FC para as meias-finais da UEFA Champions League, com um triunfo total de 7-5. O holandês anseia agora por um "belo jogo" frente ao FC Barcelona. Já o homólogo do Liverpool, Rafael Benítez, acredita que a sua equipa pode "tirar ilações positivas" de uma exibição ofensiva que deixa boas perspectivas para a candidatura ao título da Premier League.

Guus Hiddink, treinador do Chelsea
Estávamos furiosos ao intervalo porque não começámos conforme havíamos planeado e sabemos que, quando se defronta o Liverpool - uma boa equipa tacticamente -, não se pode dar tanto espaço. Recuámos demasiado, devíamos ter defendido mais à frente e encurtado espaços. Perdemos demasiados duelos na primeira parte. Ao intervalo, disse aos jogadores: "Rapazes, isto não é forma de se começar a segunda parte", tanto táctica como mentalmente. É por isso que gosto tanto de trabalhar com esta equipa, pela forma como reage. Eles sabem que podem marcar a qualquer momento.

Os jogadores de topo têm os mesmos sentimentos de fúria que o treinador. Por vezes, perdemos a compostura, mas os jogadores sabiam perfeitamente que a sua exibição não estava a ser boa. Defrontámos uma equipa que joga muito bom futebol e que, se lhe dermos muito espaço, colocamo-nos em sarilhos. Já participei em alguns jogos emocionantes como este, em que os jogadores cometem muitos erros. É por isso que foi um jogo atractivo, especialmente na segunda parte. Julgamos que estamos por baixo, depois a equipa reage e ficamos por cima. Há ciclos em que se está em jogo e outros em que ficamos fora dele.

Todos os jogos são diferentes. O Barcelona é uma equipa muito evoluída, com jogadores bastante tecnicistas, que sabem como explorar os espaços. Ainda não pensei no jogo com o Barca, embora há muitos anos que gosto da sua filosofia de contratar futebolistas que são atractivos à vista. São uma equipa que gosta de jogar um futebol ofensivo e será difícil defrontá-los, porque estão em grande forma. Mas também é um belo jogo para se assistir no final da época.

Sofre-se bastante quando se deseja tanto prosseguir em prova, pelo clube, pelas pessoas. É bom fazer parte disto, mas todos sabem a minha situação. Foi um jogo europeu complicado, com bastante emoção. Temos diferentes emoções ao longo do jogo e no fim cumprimentamos o técnico adversário. Ganhe-se ou perca-se, depois bebemos uma cerveja - apesar de não beber cerveja, pelo que beberemos um copo de vinho.

Rafael Benítez, treinador do Liverpool
Mostrámos carácter, qualidade e temos de estar realmente orgulhosos dos jogadores, que fizeram um trabalho fantástico. Os adeptos estão certamente muito satisfeitos com a equipa. No início fomos superiores ao adversário, pelo que há que dar crédito aos jogadores, especialmente ao Lucas, que trabalhou bastante no meio-campo. Graças a eles, pressionámos e ficámos mesmo perto de o conseguirmos. Mas, quando se defronta uma boa equipa como a do Chelsea, paga-se pelos erros que se cometem.

Pensávamos que Steven Gerrard estivesse em condições de jogar, mas ele acabou por se ressentir e não pôde actuar. Não sei o que o Chelsea pensou por o Steven não jogar, mas, para nós, há que dar o crédito aos jogadores pela fantástica exibição. É claro que quando perdemos, ficamos desiludidos, mas podemos ficar orgulhosos e de cabeça erguida por termos perdido desta forma, e pensar positivamente na Premier League. Mostrámos que podemos marcar quatro golos em Stamford Bridge.