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Pires preparado para reencontro emotivo

Em exclusivo ao uefa.com, o médio Robert Pires, do Villarreal, revelou que "era um objectivo defrontar o Arsenal antes de terminar a carreira", de maneira a despedir-se dos "adeptos fantásticos" da equipa inglesa.

Robert Pirès, do Villarreal, vai defrontar a sua antiga equipa, o Arsenal
Robert Pirès, do Villarreal, vai defrontar a sua antiga equipa, o Arsenal ©Getty Images

Quando Robert Pires enfrentar o Arsenal FC, seu antigo clube, no jogo da primeira mão dos quartos-de-final da UEFA Champions League, no El Madrigal, o médio irá lidar com uma série de emoções distintas.

Desilusão em Paris
O sentimento de defrontar o seu antigo clube, que ainda adora, vai ser o pensamento principal na mente do atleta do Villarreal CF. A forte ambição de vencer a competição, que já lhe causou um desgosto em Paris, há três anos, quando perdeu a final frente ao FC Barcelona, vai estar logo atrás na linha de ideias. E há ainda o orgulho adicional de o clube da Liga espanhola lhe ter renovado o contrato recentemente, até 2010, quando já conta 35 anos, pois permanece um dos jogadores mais inteligentes, importantes e fisicamente em melhor forma na Liga espanhola. Contudo, Pires não sentirá qualquer impulso de desforra.

Descrença total
Foi numa entrevista ao uefa.com, no início desta época, que Pires disse ter pensado tratar-se de uma "piada" quando viu que ia sair para dar entrada ao guarda-redes suplente, depois de Jens Lehmann ter visto o cartão vermelho aos 18 minutos da final de Paris. O francês sentiu-se magoado, e decidiu que, em face daquilo que tomou como uma demonstração de falta de confiança da parte de Arsène Wenger, tinha que deixar o clube. No entanto, o atleta fez questão de mostrar a sua indignação, confrontando o seu antigo mentor sobre esse assunto, e recusa que a ideia de desforra possa obstruir o desejo puro de ajudar o Villarreal a impor-se sobre os "gunners".

Emoção no Arsenal
"O facto de apenas ter jogado 18 minutos nessa final, há três anos, permanece como uma memória dolorosa, e não vale a pena negar isso", disse ao uefa.com. "Wenger sabe disso e ainda falamos sobre esse assunto – apesar de eu admitir que não é fácil a vida de treinador, nunca vou concordar com ele sobre essa decisão ter sido a mais acertada. Mas é um pequeno pormenor que não define a nossa relação. Não apaga seis anos em que conquistei troféus, aprendi muito com ele, ganhei confiança e estive bem na selecção francesa. Já esqueci esse momento. Quando enfrentar o Arsenal, pela primeira vez desde a minha saída, vai ser um momento bastante emotivo, de certeza. Mas, e os adeptos do Arsenal que me perdoem, se eu puder jogar bem e ajudar à sua eliminação, então vou fazê-lo. Mas sempre em benefício do Villarreal, nunca para satisfação própria".

Sorte na vitória
Pires já esteve num jogo deste género, envergando a camisola do Arsenal, quando as duas equipas se encontraram há três anos, nas meias-finais. Representa a única derrota do Villarreal em nove jogos oficiais frente a equipas inglesas, e levou Pires, Wenger e companhia até à final da edição de 2006. O médio tem um veredicto despojado sobre a vitória do Arsenal frente ao Villarreal, nas meias-finais, e alguns dos seus companheiros de balneário no El Madrigal também retiraram daí firmes conclusões. "Fizemos o pior jogo da época nessa noite, e não só o Villarreal merecia ter ganho, como devia ter conseguido uma vantagem significativa, que lhe permitisse ter alcançado a final", disse. "Não sei como, mas o Villarreal parecia ter mais energia, um ritmo mais elevado e jogou muito melhor. O Arsenal teve a sorte do seu lado nessa noite. Os jogadores que faziam parte da formação do Villarreal nessa noite disseram-me, antes do sorteio, que se voltássemos a enfrentar o Arsenal, então o Villarreal sem dúvida que ia superiorizar-se no final das duas mãos".

Festejo do golo
Wenger falou ao telefone com Pires, horas antes do sorteio em Nyon, e partilharam o sentimento de agrado por um reencontro ao mais alto nível. O atleta está seguro de que o Villarreal evoluiu o suficiente para merecer agora o resultado que lhe foi negado por um empate a zero no desafio da segunda mão, no El Madrigal, em 2006, depois do triunfo do Arsenal em Highbury. E se marcar à sua antiga equipa? Estará preparado? "Estou feliz com o resultado do sorteio, porque tinha como objectivo voltar a defrontar o Arsenal pelo menos uma vez antes de terminar a carreira, e despedir-me dos adeptos fantásticos do clube, que sempre foram importantes para mim enquanto estive em Londres. E é isso que importa", disse. "Se tiver a sorte de marcar, não vou festejar, simplesmente como gesto de respeito para com um clube, e respectivos adeptos, que significaram muito na minha carreira de jogador".

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