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Esforço premiado

Porto 0-0 Atlético (total: 2-2, Porto apurado devido aos golos fora)
Um empate sem golos foi suficiente para os "dragões" garantirem o apuramento para os quartos-de-final pela primeira vez desde 2003/04.

Raul Meireles e Lucho comemoram a passagem do FC Porto aos quartos-de-final
Raul Meireles e Lucho comemoram a passagem do FC Porto aos quartos-de-final ©Getty Images

O FC Porto garantiu o apuramento para os quartos-de-final da UEFA Champions League pela primeira vez desde 2003/04, quando se sagrou campeão europeu, com o nulo registado no Estádio do Dragão a ser suficiente para afastar o Club Atlético de Madrid graças à regra dos golos marcados fora de casa.

Forlán no banco
Apesar de a sua equipa estar obrigado a marcar para seguir em frente na prova, o técnico do Atlético, Abel Resino, optou por um certo conservadorismo na abordagem ao encontro, com Diego Forlán a ser remetido para o banco de suplentes e Sinama Pongolle a avançar para a titularidade. O 4-5-1 "colchonero" tinha como objectivo explorar a velocidade das alas, mas a verdade é que o FC Porto entrou personalizado e dominador. Rolando cabeceou ao lado logo aos dois minutos, cinco antes de Raul Meireles obrigar Leo Franco à primeira defesa da noite.

Equilíbrio reposto
Com Sergio Agüero sempre muito sozinho na frente de ataque do Atlético e o meio-campo portista a pressionar incessantemente o adversário, o jogo foi decorrendo com maior regularidade junto da baliza visitante. Bruno Alves ficou muito perto de inaugurar o marcador aos 15 minutos, mas o seu livre directo levou a bola a passar a escassos centímetros da barra. O lance parece ter finalmente despertado o Atlético, que viu Luis Perea obrigar Helton a uma defesa atenta para canto. A partir desse momento a partida foi bem mais repartida, mas as ocasiões de golo dignas desse nome continuavam a rarear, excepção feita a um excelente disparo de primeira de Fernando ao qual Leo Franco correspondeu da melhor maneira.

Cenário mantém-se
O equilíbrio continuou a imperar no reatamento do encontro, com as duas equipas a falharem vários passes, o que ia condenando as respectivas movimentações ofensivas. Abel Resino decidiu-se finalmente pela inclusão de Forlán, mas foi o FC Porto a ameaçar aos 55 minutos, quando um cruzamento de Raul Meireles quase traiu Leo Franco, que viu a bola sair perto do poste. O guardião argentino viu-se novamente em acção poucos segundos volvidos, ao defender para a frente um remate de pé esquerdo de Lisandro. Ainda que efémero, o ascendente portista galvanizou os adeptos "azuis-e-brancos" e colocou em sentido o adversário, até porque um golo dos campeões portugueses decidia praticamente a eliminatória.

Leo Franco providencial
No entanto, um lance de bola parada aos 66 minutos quase resultou no 1-0 para o Atlético. Simão cobrou um canto na direita e proporcionou o cabeceamento deAgüero, valendo ao FC Porto o facto de a bola ter saído ligeiramente por cima. Um cruzamento traiçoeiro de Raul Meireles foi desviado com mestria por Leo Franco, mas o guardião "colchonero" brilhou ainda mais no canto resultante. Rolando saltou mais alto que a concorrência e cabeceou com selo de golo, mas o instinto de Leo Franco salvou a sua equipa e manteve a incerteza na noite. O FC Porto estava cada vez mais confiante e um disparo de fora da área de Lucho testou mais uma vez os reflexos do guardião contrário, antes de Hulk quase marcar de canto directo, mas o esférico embateu na barra.

Ao poste!
Apesar de a obrigação de marcar estar do lado do Atlético, o jogo tinha agora sentido único, tendo Lisandro contornado o guarda-redes e acertado no poste aos 82 minutos, após uma brilhante assistência de Raul Meireles. O desperdício portista adiou os festejos do apuramento até ao derradeiro apito do árbitro, mas o sabor do sucesso, esse, dificilmente poderia ser mais saboroso, tal o esforço envolvido.