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Mourinho e Ferguson reacendem rivalidade

José Mourinho mostrou-se bastante optimista antes da primeira mão dos oitavos-de-final da Champions League ante o Manchester United e garantiu que o Inter irá defrontar o campeão europeu "sem medo".

José Mourinho e Alex Ferguson já se conhecem de vários duelos
José Mourinho e Alex Ferguson já se conhecem de vários duelos ©Getty Images

José Mourinho mostrou-se bastante optimista antes do encontro do FC Internazionale Milano com o Manchester United FC e insistiu que a sua equipa defrontará o campeão europeu “sem receio” nos oitavos-de-final da UEFA Champions League, naquele que promete ser um encontro equilibrado em San Siro.

Semelhanças
As semelhanças entre o Inter e o Manchester United são várias: ambos são campeões nos respectivos países, ambos lideram os respectivos campeonatos com avanço considerável e ambos perderam apenas por duas vezes nas respectivas Ligas na presente temporada. Mas existe uma enorme diferença entre as equipas de Cristiano Ronaldo e Nani e de Luís Figo que é a sua forma nas competições europeias. O United venceu a UEFA Champions League na época passada e está a apenas um jogo de estabelecer novo recorde de invencibilidade na prova de 20 partidas seguidas. Ao invés, o Inter continuou a decepcionar e soçobrou nesta fase da competição nas últimas duas temporadas.

Inter sem medo
Os “nerazzurri” também encontraram bastantes dificuldades para passar a fase de grupos, tendo terminado a respectiva “poule” no segundo lugar, atrás do Panathinaikos FC, com duas vitórias, dois empates e outros tantos desaires. Contudo, Mourinho apenas perdeu uma vez em dez jogos frente ao United durante os três anos em que dirigiu o Chelsea FC e está convencido que poderá continuar a levar a melhor sobre Alex Ferguson. “Disse aos meus jogadores que não deviam ter receio de serem eliminados, mas também que deviam partir para este encontro a pensar que, em 15 dias, poderemos festejar termos eliminado os campeões europeus. Sou um optimista – sempre fui –, mas tenho motivos para estar confiante porque sempre que esta equipa passou por dificuldades respondeu bem. Não temos medo deles”.

Vitórias no fim-de-semana
O Inter respondeu bem, no sábado, frente ao Bologna FC, partida em que Mario Balotelli, acabado de entrar, cobrou um livre directo com precisão instantes após os anfitriões terem empatado o encontro a um golo. O tento do jovem dianteiro ajudou o Inter a manter a vantagem de nove pontos na liderança da Serie A, apesar de os milaneses terem também ficado em dívida para com o guardião Júlio César, por ter travado a investida do Bolonha na ponta final da partida. O Manchester United encontrou menos dificuldades para triunfar também por 2-1 na recepção ao Blackburn Rovers FC. Wayne Rooney e Ronaldo marcaram pelos “red devils”, que aumentaram a vantagem na liderança da Premier League para sete pontos. No entanto, o jogo ficou manchado pela lesão do defesa-central Jonny Evans num tornozelo, situação que aumentou as preocupações de Ferguson com o seu sector defensivo.

“Público fantástico”
"Com Wes Brown [tornozelo], Rafael [tornozelo] e Gary Neville [vírus] indisponíveis e Nemanja Vidić suspenso, trata-se de um momento preocupante para nós, mas aceitámo-lo e teremos de viver com isso”, disse o técnico escocês do United. “O desafio de jogar num estádio com um público fantástico ajudará os jogadores. Estou certo disso”. Com Fábio a ser o provável lateral-direito e Anderson ainda de baixa (por lesão num tornozelo), o técnico dos campeões ingleses e europeus admitiu que terá de ser criativo para encontrar soluções tácticas, mas negou, contudo, a ideia preconizada por Mourinho que a sua equipa “joga menos ofensivamente na Europa”.

Jogo de palavras
O treinador português mostrou-se pleno de confiança durante a conferência de imprensa, tendo apenas baixado a guarda quando admitiu que a eliminatória “poderá durar mais de 180 minutos”, ao que Ferguson respondeu: “Ficará tudo resolvido amanhã, caso consigamos marcar fora de casa”. As primeiras trocas de palavras entre dois dos principais treinadores do futebol mundial apenas serviram para aumentar as expectativas.