Liderança motiva franceses
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
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Apesar de assolado por lesões e a atravessar uma série de maus resultados no campeonato, o treinador do Lyon, Claude Puel, acredita que não faltará motivação aos seus jogadores para o jogo com o Bayern.
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O Olympique Lyonnais não vai poder contar com vários jogadores importantes para a recepção ao FC Bayern München, ausências que se juntam a uma recente série de maus resultados a nível interno, mas o seu treinador, Claude Puel, está convicto de que o regresso da acção da UEFA Champions League vai servir para motivar os seus jogadores no encontro que vai definir o vencedor do Grupo F.
Problemas defensivos
Confortavelmente apurado para os oitavos-de-final juntamente com o Bayern, as excelentes exibições europeias do Lyon não têm tido correspondência na Liga francesa nos últimos tempos, onde os campeões gauleses somaram três derrotas nos passados cinco jogos, a última das quais neste fim-de-semana, por 2-1, diante do FC Nantes Atlantique. Para piorar o estado da situação, Cris e Juninho Pernambucano encontram-se castigados para esta derradeira jornada da fase de grupos da UEFA Champions League, e François Clerc, Anthony Réveillère, John Mensah e Mathieu Bodmer estão todos lesionados, desfalcando consideravelmente o sector defensivo. Se Mensah não conseguir mesmo recuperar da lesão nos gémeos a tempo, Puel admite que terá de "improvisar um pouco" na constituição da linha defensiva da sua equipa.
Equipa competitiva
O avançado Karim Benzema, contudo, está disponível e Puel deposita toda a confiança nos jogadores que tem disponíveis. "Não sei se será acertado afirmar que vamos apresentar uma equipa enfraquecida", referiu o técnico de 47 anos. "Vamos colocar em campo algumas caras novas e, talvez, jogar de uma forma algo diferente do habitual, mas vamos apresentar uma equipa forte e competitiva". A capacidade do Lyon em elevar os seus padrões de jogo nos grandes encontros tem sido bem visível esta temporada, e Puel acrescentou: "Os meus jogadores estão sempre prontos para jogar na Champions League. Temos capacidade para mudar de uma competição para a outra sem problemas e sei que os meus jogadores vão estar à altura. O Bayern vai apresentar-se muito forte, mas nós também".
Klinsmann quer o primeiro lugar
As duas equipas mantêm-se invictas na prova esta temporada, com 11 pontos somados no Grupo F, embora os campeões franceses entrem em campo com ligeira vantagem, graças ao empate 1-1 alcançado em Munique, que lhes permite ficar no primeiro lugar do grupo caso o nulo se mantenha durante os 90 minutos. Um empate com golos ou uma vitória dará o primeiro lugar aos alemães, algo que o seu treinador, Jürgen Klinsmann, vê como "uma vantagem importante". O antigo seleccionador alemão explicou: "As estatísticas mostram que é melhor terminar no primeiro lugar do grupo, por isso esse é o nosso objectivo. Queremos ter as melhores possibilidades possíveis na fase seguinte e, por isso, vamos colocar em campo os nossos melhores jogadores e jogar com total concentração".
"Personalidade contagiante"
Apesar das lesões de Lucio, Zé Roberto, Lukas Podolski e Christian Lell, o Bayern - quatro vezes campeão europeu - parte para este encontro com a confiança em alta, vindo de uma série de 14 jogos sem perder depois de, na passada sexta-feira, ter batido por 2-1 o 1899 Hoffenheim, líder da Bundesliga. A boa série de resultados do Bayern coincidiu com o regresso a 100 por cento de Franck Ribéry, e Klinsmann espera mais uma virtuosa exibição do extremo francês, até porque vai actuar no seu país natal. "Não é coincidência o facto de os nossos resultados terem melhorado drasticamente desde o regresso de Franck", admitiu o técnico germânico. "Ele é muito importante porque tem uma personalidade contagiante e a sua vontade motiva todos os colegas".
Reencontro de velhos colegas
Klinsmann tem, também ele, uma forte ligação a França, onde representou o AS Monaco FC no início da década de 90, e onde, curiosamente, jogou ao lado do então centrocampista Puel. "Estou muito feliz por voltar a França e por enfrentar a equipa do Claude", referiu. "Joguei com ele durante duas épocas, sob as ordens de Arsène Wenger. Lembro-me de ser um jogador muito trabalhador e ambicioso, por isso não estou surpreendido com o sucesso que ele tem vindo a ter".