Terry termina com resistência romana

O Chelsea FC reforçou a liderança no Grupo A com um golo de cabeça apontado por John Terry a 13 minutos do fim, que quebrou a resistência de uma AS Roma que lutou com grande afinco e inteligência para manter os "blues" - onde José Bosingwa, Ricardo Carvalho e Deco foram titulares e Paulo Ferreira entrou nos descontos - longe da área.

Melhoria romana
Terry saltou mais alto que todos para desviar na perfeição o canto batido por Frank Lampard, numa altura em que parecia inevitável o Chelsea ter de se dar por satisfeito com o empate. Houve poucos espaços durante o jogo para criar ocasiões de perigo, já que os visitantes fecharam os caminhos da sua baliza e souberam resguardar-se muito bem durante todo o encontro do perigo que surgia dos flancos. A Roma continua apenas com três pontos - a quatro do Chelsea antes do reencontro daqui a 15 dias -, mas ficará mais confortada pelo facto de ter melhorado o nível exibicional, de forma substancial pode-se dizer, isto se tivermos em conta a série de fracos resultados na Serie A.

Truques e iniciativas
O treinador do Chelsea, Luiz Felipe Scolari, havia previsto que os espectadores teriam oportunidade de ver um jogo "bonito", mas os instantes iniciais fariam essa teoria cair por terra, já que ambas as equipas limitavam-se a circular a bola sem ponta de objectividade ou acutilância ofensiva e a ansiedade dos jogadores em envolverem-se no jogo era excessivo. Francesco Totti revelava-se proeminente entre os visitantes e encheu os olhos dos adeptos. Por outro lado, ia-se percebendo cada vez melhor a estreita ligação entre Lampard e Deco e a ameaça que tal relação colocava aos defesas contrários. Lampard, a rondar a zona de terreno atrás do avançados de onde já fez tantos golos, ainda apanhou uma bola saltitante e rematou à meia-volta, mas quase nem obrigou Doni a esticar-se. 

Defesa sólida
Pouco depois deste lance, Totti teve uma boa oportunidade no extremo oposto do campo, mas de distância ainda considerável acabou por ver a bola sair muito ao lado da baliza. O treinador da Roma, Luciano Spalletti, havia exigido grande aplicação, esperando ver a equipa trabalhar de "mangas arregaçadas" após a derrota do passado domingo, por 4-0, contra o FC Internazionale Milano e a equipa correspondeu, com o eixo defensivo composto por Philippe Mexès e Christian Panucci a mostrar-se particularmente sólido. Aos 20 minutos, Mirko Vučinić desmarcou Totti, arrancou para a zona de finalização e esperou por novo passe do capitão romano, que falhou a entrega por muito pouco. Do outro lado, a iniciativa individual em força de John Mikel Obi seria travada à margem da lei por Mexès. Deco deu um toque para Lampard e este rematou fortíssimo, com a bola a rasar a baliza em direcção aos espectadores.

Entrada de Belletti
Scolari tirou Florent Malouda ao intervalo e colocou em campo Juliano Belletti, mas os londrinos ainda não conseguiam penetrar a teimosa retaguarda da Roma, que fazia vida difícil aos ingleses ao colocar um elevado número de jogadores atrás da linha da bola. Belletti havia apontado um magnífico golo de muito longe no passado fim-de-semana e a multidão implorava pela entrada do brasileiro, esperando que este tentasse a sua sorte novamente. Belletti fez a vontade aos adeptos quase de imediato, mas a bola disparada acabou por sair ao lado, sem perigo. Quando Lampard, de livre, à direita, cruzou para o interior da área, parecia adivinhar-se o golo do Chelsea, com Salomon Kalou a rematar de cabeça para boa defesa de Doni, que ajudou a Roma a respirar de alívio. Porém, o guarda-redes nada pôde fazer para travar o golo vitorioso de Terry, que elevou-se imperialmente no ar para desviar o canto batido por Lampard e colocar a bola junto ao ângulo esquerdo no fundo das redes, aproximando o Chelsea ainda mais dos oitavos-de-final.