Só a vitória interessa a Ranieri e à Juve
terça-feira, 21 de outubro de 2008
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A atravessar o período mais difícil desde que assumiu o comando técnico da Juventus, Claudio Ranieri mostrou-se bem-disposto antes da visita do Real Madrid e insistiu que a sua equipa "não tem nada a perder".
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Apesar de atravessar o período mais difícil desde que assumiu o comando técnico da Juventus, o aniversariante Claudio Ranieri mostrou-se bem-disposto antes da visita do Real Madrid CF e insistiu que a sua equipa não tem "nada a perder".
Má forma
Os "bianconeri" estão há cinco jogos sem vencer e a pressão tem vindo a aumentar para Ranieri, na sequência da segunda derrota consecutiva da equipa na Serie A, na noite de sábado, frente ao SSC Napoli. A Juve, que em Nápoles não soube aproveitar a vantagem conseguida na segunda parte, caiu para o 12º lugar da Serie A e o treinador não escapou às críticas da imprensa italiana.
Corajoso
Ainda assim, o técnico natural de Roma mostrou-se corajoso em frente às câmaras, brincando e mostrando satisfação com o facto de "ter completado 71 anos", antes de abordar assuntos mais sérios, neste caso a visita do Real Madrid. "Sabemos que neste momento o Real está a jogar bem", disse o treinador, de 57 anos. "É o campeão espanhol, já marcou 20 golos na Liga [em sete jogos] e Bernd Schuster montou uma formação bem organizada. Em contraste, nós não temos estado a jogar tão bem quanto desejaríamos, por isso não temos nada a perder e tudo a ganhar".
"Mostrar valor"
"É um teste, mas a equipa da Juventus ainda está em fase de construção", continuou. "E este jogo representa uma enorme oportunidade para proporcionar alguma alegria aos jogadores e adeptos, e derrotar uma das melhores equipas da Europa. Temos algumas lesões a lamentar, mas os jogadores disponíveis estão orgulhosos e determinados a jogar bem contra uma boa equipa. Quero que se sintam à vontade para explanar todo o seu futebol e é assim que pretendo que encarem o desafio: dando o seu melhor".
Crise de lesões
A causa de Ranieri não tem sido auxiliada devido ao número elevado de lesões que afecta a equipa, facto piorado no sábado, quando Christian Poulsen (coxa) aumentou a lista de baixas confirmadas e que inclui David Trezeguet (joelho), Jonathan Zebina (tendão de Aquiles), Cristiano Zanetti, Tiago (o outro português do plantel, o central Jorge Andrade, ainda não constitui opção), Mauro Camoranesi, Vincenzo Iaquinta, Nicola Legrottaglie e Olof Mellbeg (todos lesionados na coxa), também aos cuidados do departamento médico. Ainda assim, há esperança de que os três últimos recuperem a tempo, enquanto Mohamed Sissoko regressa após o castigo que o forçou a estar ausente na partida frente ao Nápoles.
Moral em alta
Depois de vencer o FC Zenit St. Petersburg, por 1-0, no jogo inaugural do Grupo H, a equipa de Ranieri não foi além de um empate (2-2) frente ao FC BATE Borisov e tenta sair vitoriosa do confronto ante o clube nove vezes campeão europeu, que tem mais dois pontos na classificação, se conseguir efectuar uma exibição digna dos velhos tempos. Mas o moral está em alta do lado espanhol, depois de uma vitória no último minuto no derby de Madrid. O golo madrugador de Ruud van Nistelrooy e um penalty no derradeiro minuto dos descontos, da autoria de Miguel Higuaín, selaram a vitória de 2-1 no terreno do Club Atlético de Madrid, no sábado, aumentando a série de jogos sem perder para oito, incluindo as vitórias frente ao BATE e ao Zenit.
"Bastantes recursos"
"Sabemos que uma vitória neste desafio representa um enorme passo rumo à qualificação para a fase seguinte", disse Schuster, que poderá ver-se privado do contributo de Arjen Robben, em virtude de lesão muscular numa coxa. "A responsabilidade recai sobre os ombros do anfitrião e isso pode jogar a nosso favor. As lesões na equipa adversária têm aumentado nos últimos tempos, mas isso pode ser mau para nós, já que é uma equipa cheia de recursos e que sabe reagir perante as adversidades".