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Lucescu busca inspiração no passado

Com a sua equipa em dificuldades no campeonato ucraniano, Mircea Lucescu espera que o triunfo alcançado sobre o Barcelona em 2004/05 inspire o Shakhtar rumo a nova vitória sobre os catalães.

Mircea Lucescu, treinador do Shakhtar, acredita que a equipa pode repetir o triunfo sobre o Barcelona alcançado em 2004/05
Mircea Lucescu, treinador do Shakhtar, acredita que a equipa pode repetir o triunfo sobre o Barcelona alcançado em 2004/05 ©Getty Images

Com a sua equipa em dificuldades no campeonato nacional, Mircea Lucescu, treinador do FC Shakhtar Donetsk, espera que antigas memórias sirvam de inspiração no encontro com o FC Barcelona e ajudem a equipa a voltar a exibir-se ao seu melhor nível.

Lembranças do passado
A vitória por 2-0 do Shakhtar sobre o Barça no derradeiro encontro da fase de grupos da edição 2004/05 da UEFA Champions League é um dos resultados mais marcantes da história europeia do clube. A formação catalã já havia, então, garantido o apuramento para a fase seguinte, mas Lucescu acredita que, ainda assim, esse triunfo servirá para mostrar aos seus jogadores que, independentemente dos últimos resultados - o Shakhtar somou apenas um triunfo no campeonato ucraniano esta temporada, até ao momento - têm potencial para voltar a bater o Barcelona. "Revimos esse jogo para relembrar que mesmo as grandes equipas não são imbatíveis", revelou Lucescu, que espera levar o Shakhtar além da fase de grupos pela primeira vez na sua história.

Sob pressão
Contudo, as coisas poderão não ser assim tão fáceis para a formação ucraniana, apesar de jogar em casa e de ter vencido no terreno do FC Basel 1893, por 2-1, na primeira jornada do Grupo C (do qual também faz parte o Sporting). As exibições no campeonato têm sido decepcionantes e a pressão sobre os jogadores é grande, no entanto, o treinador romeno lembra que nas competições europeias tudo é diferente. "Há uma enorme diferença entre os jogos do campeonato e os da Champions League", lembrou Lucescu. "O encontro com o Barcelona é como uma festa. É sempre uma alegria para nós receber um grande clube em Donetsk". O técnico de 63 anos reconhece que a equipa tem de se reencontrar com a sua melhor forma o mais depressa possível, mas fez questão de contrariar os rumores que o apontam como perto de deixar o cargo de treinador principal do clube. "Estamos sob grande pressão, mas a dar tudo para ultrapassar esta fase menos boa. Sou um lutador por natureza e nunca abandonaria o clube nestas circunstâncias".

Apoio importante
O Shakhtar parte para este embate com o Barcelona vindo de um empate no derby com o FC Metalurh Donetsk, onde sofreu o golo da igualdade no derradeiro minuto do encontro, e viu a desvantagem para o líder do campeonato aumentar para 13 pontos. "Estamos a ser alvo de muitas críticas, mas do que precisamos é de muito apoio, em especial em vésperas do nosso primeiro jogo em casa na presente edição da Champions League", acrescentou Lucescu. "Vencemos os três jogos que disputámos esta época na Europa e não creio que todas essas críticas sejam justas. Para este jogo vamos precisar muito do apoio e da paixão dos nossos adeptos". Para o encontro com o Barça o técnico romeno conta com o regresso do lateral-esquerdo Răzvan Raţ, mas vai ter de lidar com a ausência do central Olexandr Kucher, quer deverá ser substituído por Mykola Ischenko ou Volodymyr Yezerskiy.

Olhar para a frente
Ao contrário da formação ucraniana, o Barcelona chega ao terreno do Shakhtar depois de três vitórias consecutivas na Liga espanhola. A somar a esses três triunfos, a vitória sobre o Sporting, por 3-1, na primeira jornada do Grupo C, e os 14 golos marcados pelos "blaugrana" nesses quatro jogos conferem ao técnico catalão Josep Guardiola razões mais do que suficientes para se mostrar confiante. Ainda assim, Guardiola prefere apenas olhar para o jogo que se segue. "Não podemos pensar no que alcançámos nos últimos jogos, pois já fazem parte do passado", alertou. "O que importa realmente é o próximo encontro. Conseguir quatro vitórias seguidas é muito bom, mas não podemos relaxar. Respeitamos o Shakhtar e sabemos que é uma equipa muito complicada de vencer quando joga no seu terreno".

"O melhor onze"
Guardiola rejeitou, também, a ideia de que iria entrar neste encontro já a pensar no encontro do próximo fim-de-semana, para a Liga espanhola, frente ao Club Atlético de Madrid. "Vamos alinhar com o nosso melhor 'onze' porque o Shakhtar não é um adversário nada fácil". O técnico dos catalães acrescentou o nome do defesa Martín Cáceres à convocatória para o jogo no Estádio RSC Olympiyskiy. O médio bielorrusso Aleksandr Hleb regressou aos treinos depois da entorse no tornozelo sofrida a 13 de Setembro, mas ainda não vai jogar, enquanto Gabriel Milito e Albert Jorquera continuam a recuperar de lesões.