Chelsea espera realizar sonho
segunda-feira, 28 de abril de 2008
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O técnico Avram Grant quer fazer história no clube londrino, mas para tal terá de levar a melhor sobre o Liverpool para chegar à final de Moscovo.
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Avram Grant falou por todos os que sentem o "sangue azul" do Chelsea FC a correr nas veias ao referir-se à imensa vontade de conduzir o clube à sua primeira final da Taça dos Clubes Campeões Europeus. Tal vontade é agora uma obsessão e a equipa promete fazer tudo para, esta quarta-feira, deixar o Liverpool FC pelo caminho.
Objectivo bem definido
Apesar de se ter relançado na corrida ao título da Premiership com a vitória por 2-1 sobre Manchester United FC, no sábado, o troféu da UEFA Champions League é o mais cobiçado pelo Chelsea. "O sonho de todos é vencer esta prova", afirmou Grant. "É a competição de topo. Percorremos um longo caminho para aqui chegar, especialmente eu, mas o nosso objectivo está bem definido. Queremos ser um grande clube e para tal precisamos de estar na final da UEFA Champions League. Queremos fazer história no Chelsea".
Vantagem caseira
Os adeptos dos londrinos sabem que o Chelsea está mais perto de chegar a Moscovo do que o Liverpool, a equipa que por duas vezes nas últimas três temporadas, nesta mesma fase da prova, desfez o sonho dos "blues". Desta feita, o Chelsea tem a vantagem do factor casa no encontro da segunda mão e tem também a vantagem de ter marcado um golo fora, graças ao erro de John Arne Riise, que aos 94 minutos do jogo da primeira mão, em Anfield, cabeceou a bola para o fundo da sua própria baliza.
"Melhor equipa"
Esse lance levou o treinador adversário, Rafael Benítez, a afirmar que o clube londrino tinha tido sorte no primeiro jogo. Grant desvaloriza essas palavras e refere que o Chelsea poderia ter beneficiado de uma grande penalidade antes de Dirk Kuyt abrir o activo para o Liverpool: "Fomos a melhor equipa no final do encontro e conseguimos marcar no derradeiro minuto. Podem dizer o que quiserem, mas o que o resultado, de facto, mostra é 1-1". Grant está esperançado em poder contar com Frank Lampard, depois de este ter falhado o último encontro da equipa devido ao falecimento da sua mãe. "Ele está a fazer tudo o que pode para estar disponível", garantiu o técnico israelita que, de resto, terá todo o plantel à disposição.
Jogo aberto?
Os mais recentes embates entre estas duas formações inglesas têm ficado marcados pela intensidade, enorme competitividade e poucos espaços. Contudo, Benítez acredita que desta feita o jogo será diferente e tentará alcançar a sua primeira vitória em Stamford Bridge, algo que não conseguiu nas outras oito vezes que se deslocou ao terreno do Chelsea, desde que assumiu o comando do Liverpool, em 2004. "O Chelsea vai ter de atacar, porque os seus adeptos assim o exigem", lembrou. "Não se pode defender em casa e perder por 1-0, porque os adeptos não vão gostar. Nós também precisamos de atacar, por isso creio que poderá ser um jogo muito aberto".
O sonho de Torres
A formação de Merseyside ainda lamenta os falhanços de Fernando Torres - um dos jogadores que Benítez fez descansar este fim-de-semana, no empate a dois no terreno do Birmingham City FC - que, na partida da primeira mão, desperdiçou duas boas oportunidades de marcar. No entanto, o treinador do Liverpool acredita que o avançado espanhol se vai redimir e colocar os "reds" na sua terceira final em quatro anos. "O Fernando é forte mentalmente e muito determinado", acrescentou Benítez. "Para ele, estar na final seria um sonho. Normalmente, nestes jogos, estão frente-a-frente jogadores de topo. Sabemos que Petr Čech é um excelente guarda-redes e fez excelentes defesas na semana passada, mas talvez desta feita o Torres leve a melhor".