Ganhar é "imperativo" para o Barça
segunda-feira, 21 de abril de 2008
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Frank Rijkaard considerou imperativa uma vitória em casa sobre o United, impedindo assim que o clube inglês volte a saborear a glória no Camp Nou.
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Na última vez em que o Manchester United FC jogou no Camp Nou, conseguiu o milagre de vencer a UEFA Champions League nos derradeiros segundos do tempo de compensação, batendo o FC Bayern München naquela que foi uma temporada inesquecível e que terminou com a conquista de três troféus. Nove anos depois, o FC Barcelona vai tentar evitar que a equipa comandada por Alex Ferguson volte a conseguir nova vitória na capital da Catalunha, no encontro da primeira mão das meias-finais, que se espera emocionante.
Registo caseiro
O Barcelona, tal como o United, ainda não perdeu na presente edição da competição e é tradicionalmente um adversário temível perante os 98 mil espectadores que habitualmente enchem o seu estádio. As cinco vitórias caseiras que registou na prova esta temporada resultaram em dez golos marcados e apenas um sofrido, e no seu estádio, os catalães perderam apenas um dos 14 embates com formações inglesas na Taça dos Clubes Campeões Europeus. Frente ao United, o Barça regista vitórias caseiras por 2-0 e 4-0, para além de um dramático empate a três na temporada de 1998/99. Mas, a contrariar todos estes registos positivos em sua casa, três das suas últimas quatro eliminações do Barça na UEFA Champions League - frente ao Real Madrid CF em 2002, à Juventus em 2003 e ao Liverpool FC em 2007 - ocorreram com derrotas em pleno Camp Nou.
Rijkaard deixa o aviso
O treinador dos "blaugrana", Frank Rijkaard, afirmou: "Olho para as estatísticas exactamente como meras estatísticas e nada mais que isso, mas é verdade que se queremos aspirar a vencer ao mais alto nível é imperativo ganhar os jogos em casa". Sobre a equipa visitante, acrescentou: "O United representa um desafio interessante, porque eles internamente jogam um futebol tipicamente britânico, mas depois têm jogadores capazes de se adaptar às exigências das competições europeias".
Respeito por Sir Alex
O técnico holandês encontra-se sob pressão, depois de uma época complicada, e admite que vai ter pela frente alguém que está habituado a viver intensamente estes grandes ambientes há mais de 20 anos. "Não gosto de falar sobre 'o melhor do Mundo', mas Alex Ferguson é, sem quaisquer dúvidas, merecedor desse estatuto. Para mim, ele representa o que é o futebol".
Opções para o "onze"
Carles Puyol vai cumprir castigo, mas Lionel Messi recuperou mais depressa do que se esperava de uma lesão e está apto para dar o seu contributo à equipa. Rafael Márquez e Andrés Iniesta, que têm estado a contas com problemas num pé e num joelho, nas últimas semanas, também deverão jogar de início. A febre de Thierry Henry já baixou e, embora não deva jogar de início depois de duas semanas sem se treinar, o avançado francês encontra-se à disposição de Rijkaard.
Controlar a posse de bola
Ferguson, por seu lado, lembra a lição que aprendeu quando o Barcelona bateu o United por 4-0 na fase de grupos em 1994/95 e associa-a à ascensão da sua equipa na Europa. "Nessa noite aprendemos o quanto é importante ter a posse de bola e controlá-la", admitiu o escocês. "Frente à [AS] Roma, na primeira mão dos quartos-de-final, em Itália, estivemos excelentes na manutenção da posse de bola e isso foi importante. Aprendemos bem a lição".
Futebol espectáculo
Mas ninguém deve duvidar que o United se vai tentar o ataque com a vivacidade e a acutilância habituais. "Esta teria sido a final mais atractiva, porque se tratam de dois clubes que partilham a mesma forma de encarar o futebol. A Premiership melhorou em termos de qualidade e intensidade nos últimos tempos, mas jogos de alto nível como este ganham-se com cabeça e capacidade técnica". Wayne Rooney recuperou de uma lesão na anca e deverá jogar na frente, ao lado de Cristiano Ronaldo e Ji-Sung Park.