Bojan na hora certa

O primeiro golo de Bojan Krkić na UEFA Champions League garantiu ao FC Barcelona uma excelente vantagem nos quartos-de-final frente ao FC Schakle 04, mas a equipa catalã teve de sofrer na segunda parte para resistir à reacção germânica.

Azar de Neuer
As coisas até podem não estar a correr bem à equipa de Frank Rijkaard na Liga espanhola, mas a campanha europeia tem sido impressionante e o Barça está a um passo de garantir nova presença nas meias-finais da UEFA Champions League. Depois de eliminar, nas grandes penalidades, o FC Porto nos oitavos-de-final, o Schalke sofreu um duro revés logo aos 12 minutos, quando Bojan aproveitou uma defesa incompleta de Manuel Neuer para marcar o único golo da partida. Os germânicos ainda apanharam mais alguns sustos na primeira parte e, apesar da excelente reacção no segundo tempo, não conseguiram quebrar a resistência da defesa espanhola.

Nervosismo de estreia
Pela primeira vez nos quartos-de-final da UEFA Champions League, o Schalke acusou algum nervosismo e permitiu o domínio catalão, pelo que a primeira ocasião de golo surgiu logo aos oito minutos: Xavi Hernández isolou Andrés Iniesta, mas Neuer foi rápido a sair dos postes e evitou, por momentos, males maiores. No entanto, o guarda-redes alemão, herói do apuramento frente ao FC Porto, esteve bem pior quatro minutos depois, ao defender para a frente um remate de Thierry Henry. O avançado francês aproveitou o ressalto e cruzou para Bojan que, aos 17 anos, colocou o seu nome entre os marcadores da história das provas da UEFA.

Deco ausente
Com Kevin Kuranyi como único avançado e Halil Altintop bem marcado pelo autoritário Yaya Touré, o Schalke sentiu dificuldades para reagir e o primeiro remate digno desse nome só surgiu aos 17 minutos, altura em que Victor Valdés defendeu com tranquilidade o pontapé de Kuranyi. Marcelo Bordon falhou, por duas vezes, o desvio após lances de bola parada de Fabian Ernst, mas era o Barcelona que, mesmo sem Deco, lesionado, trocava melhor a bola. Henry, Bojan e Samuel Eto’o mudavam constantemente de posições e o Barça criava perigo frequentemente. À passagem da meia-hora, Eto’o fugiu à marcação de Heiko Westermann e cruzou para Bojan, cujo remate foi desviado, no momento certo, por Bordon.

Boa reacção
A exibição alemã na primeira parte não tinha impressionado, mas o Schalke regressou com outro ânimo do intervalo e conseguiu, pela primeira vez, ter períodos de intensa pressão. Um remate perigoso de Altintop foi desviado por Gabriel Milito e, pouco depois, um pontapé rasteiro de Christian Pander causou calafrios a Valdés, mas sem consequências. Westermann também tentou a sorte e, apesar de não ter acertado no alvo, os adeptos sentiam que a equipa estava melhor e voltaram a apoiar intensamente.

Perdida de Altintop
A entrada em campo de Vicente Sánchez deu ainda maior poder de fogo ao ataque germânico e obrigou a defesa do Barcelona a aplicar-se. Aos 70 minutos, Gerald Asamoah não conseguiu dar o melhor seguimento ao primeiro remate de Ernst e, pouco depois, Altintop desperdiçou a melhor oportunidade da noite, ao rematar ligeiramente ao lado, após ter sido isolado por Bordon. Mais perto do final, o suplente Søren Larsen e Westermann falharam os respectivos cabeceamentos, enquanto Valdés teve de se aplicar para desviar, por cima da barra, um poderoso remate de cabeça de Bordon. Apesar de ter procurado o golo até ao final do encontro, a pressão do Schalke não teve os resultados desejados e as meias-finais ficaram mais longe para a equipa alemã.