Fabregas acaba com reinado italiano

Cesc Fabregas e Emmanuel Adebayor marcaram, perto do final, os golos que garantiram o apuramento do Arsenal FC para os quartos-de-final da UEFA Champions League, às custas do campeão europeu e sete vezes vencedor da prova, o AC Milan.

Fabregas decide
Quando a eliminatória parecia caminhar rumo ao prolongamento, o jogo ficou decidido a seis minutos do final quando Fabregas, que já havia rematado à barra, recebeu a bola a meio-campo, correu 15 metros e disparou para o fundo das redes da baliza de Zeljko Kalac. A memorável vitória dos "gunners" ficou completa quando o suplente Theo Walcott serviu Adebayor e o internacional do Togo marcou o seu primeiro golo na presente edição da UEFA Champions League.

Adeus de Maldini
Sabendo que um golo fora de casa deixaria o Milan em maus lençóis, o Arsenal partiu em busca desse objectivo desde o início da partida. Aleksandr Hleb tentou a sua sorte de longe, mas este lance acordou a equipa italiana e o perigo passou a surgir no outro extremo do terreno. Pato driblou quatro adversários, mas falhou no momento de atirar à baliza, numa altura em que os adeptos transalpinos tentavam levar a equipa até ao golo. Após um pontapé de canto, e tal como havia acontecido no jogo da primeira mão, um cabeceamento de Paolo Maldini foi salvo em cima da linha fatal, naquele que acabaria por ser o último jogo do internacional italiano na maior prova por clubes da UEFA.

Oportunidades perdidas
A postura ofensiva do Milan causava, no entanto, alguns problemas na linha defensiva, que, à passagem do primeiro quarto de hora, deu espaço para Adebayor passar por Kaka Kaladze antes de servir Abou Diaby, cujo remate saiu ligeiramente ao lado. A resposta da equipa da casa não demorou, com Maldini a cruzar para um remate falhado de Inzaghi, enquanto Pato voltou a estar em destaque ao criar uma oportunidade para si próprio, concluída com um remate à figura de Manuel Almunia.

Tempestade controlada
A formação de Carlo Ancelotti dominou grande parte do primeiro tempo, com Kaká a causar inúmeros problemas à defesa do Arsenal: em duas ocasiões, o internacional brasileiro escapou à marcação, mas, em ambos os casos, não teve a pontaria necessária para abrir o marcador. A chuva que começou a cair em Milão antes do início do encontro abrandou e, a partir desse momento, o Arsenal pareceu capaz de lidar melhor com a tempestade do futebol milanês. A jogar ao primeiro toque, no seu estilo habitual, o conjunto londrino criou perigo, com Kaladze a ficar com a cabeça em água perante as iniciativas de Adebayor, que serviu Fabregas para um remate, aos 34 minutos, desviado pelo ferro da baliza do Milan.

Perigo constante
O Arsenal teve mais duas oportunidades de ouro para marcar no início da segunda parte: após um canto de Fabregas, um espectacular remate de primeira de Philippe Senderos saiu à figura de Zeljko Kalac. Aos 53 minutos, Andrea Piro falhou um alívio, com a bola a sobrar para Adebayor, que serviu de imediato Emmanuel Eboué para um remate desastrado. A equipa inglesa tinha mais tempo de posse de bola, mas faltava-lhe algum instinto matador. Hleb serviu Walcott que, ao segundo poste, optou pelo passe para Adebayor em vez do remate, e Kalac cortou a jogada de perigo.

A centímetros do golo
A dez minutos do final, Pato voltou a entrar em acção no flanco direito, com um remate que saiu a escassos centímetros do alvo, mas quando o jogo parecia que iria ser decidido no prolongamento, Fabregas silenciou os adeptos italianos e proporcionou uma vitória memorável ao Arsenal.