Raúl dá o mote

O capitão do Real Madrid CF, Raúl González, apelou aos colegas para jogarem com o velho orgulho que deu ao clube o seu prestígio em toda a Europa, numa partida em que os campeões espanhóis defrontam a AS Roma com vista a um lugar nos quartos-de-final da UEFA Champions League pela primeira vez desde 2003/04.

Determinação
A equipa de Pepe é a que mais títulos europeus soma, com Raúl a fazer parte da conquista de três das nove taças arrecadadas, mas por agora o objectivo é passar pela primeira vez em três anos para além dos oitavos-de-final. Assim, Raúl está determinado em colocar esta terça-feira, em Roma, um ponto final na má forma europeia dos últimos anos, por ocasião da partida da primeira mão.

"Muito importante"
"Para nós, a UEFA Champions League é uma competição muito especial", disse o capitão "merengue", de 30 anos, o melhor marcador da história da prova, com 59 golos. "Nos últimos anos não temos passado dos oitavos-de-final, pelo que um dos nossos objectivos agora é restaurar o prestígio na Europa. E que melhor lugar para o fazer que em Itália, contra uma equipa muito competitiva e rápida como é a Roma? Após alguns anos uns furos abaixo do nosso nível habitual, este jogo é muito importante para nós".

Tempo de decisões
No passado, FC Bayern München (2007), Arsenal FC (2006) e Juventus (2005) afastaram o Real Madrid, mas Raúl está optimista que desta vez será a sua equipa a seguir em frente. "É um bom teste vermos até onde podemos ir. É importante que façamos um bom resultado aqui. Queremos evitar sofrer golos e o ideal seria sermos nós próprios a marcar". O avançado acrescentou: "Estamos a entrar numa fase decisiva da temporada e satisfeitos com o que temos feito até agora, pois temos cinco pontos de avanço no campeonato e estamos nos oitavos-de-final da UEFA Champions League. Mas é a partir de agora que tudo se começa a decidir. Estamos confiantes, mas é altura de jogar em vez de falar".

Casa espiritual
Raúl assinou um contrato vitalício no Santiago Bernabéu, na quinta-feira, e afirmou que nunca pensou em sair daquela que chama a sua casa espiritual. "É muito simples: o que mais gosto de fazer é jogar futebol, treinar e fazer tudo isso no Real Madrid. Tenho sorte de estar no melhor clube do Mundo, pelo que há motivação todos os dias. Toda a gente sabe que o meu sonho desde os 17 anos é ficar no Real e é aqui que vou continuar”.