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Inter rende-se a Figo

O médio português Luís Figo passou em revista uma carreira recheada de sucessos e explicou a razão pela qual permaneceu em Milão.

Depois de ter dito adeus a David Beckham, o futebol europeu esteve, em Maio, na iminência de perder outra das suas lendas, o português Luís Figo, que foi tentado por uma milionária oferta do Qatar. A transferência, porém, não chegou a concretizar-se e, quando decidiu permanecer no FC Internazionale Milano, o antigo campeão da selecção portuguesa tinha um objectivo em mente - ajudar o campeão italiano a conseguir vencer aquilo que Luís Figo descreve como "a rainha das competições europeias" desde a sua criação, em 1965.

"Determinação"
"Acredito que temos todas as condições para ter êxito, mas, obviamente, também precisamos de um pouco de sorte ao longo da competição", declarou Luís Figo ao uefa.com, antes de embarcar com o clube milanês em nova campanha da UEFA Champions League. "Estamos determinados em oferecer algo muito importante a este clube. A UEFA Champions League é, seguramente, a rainha das competições europeias. Vencer a UEFA Champions League é sempre difícil e muito complicado, porque se encontram em prova equipas muito competitivas e com grande qualidade. Resta-nos continuar a trabalhar muito, porque o Inter é um grande clube e todos os anos deve lutar pelos títulos mais importantes".

A sedução do Inter
O sonho da UEFA Champions League e os sinais de afecto demonstrados por toda a família do Inter foram os factores que pesaram na decisão de Luís Figo e o levaram a optar por permanecer no clube. Massimo Moratti intercedeu, pessoalmente, junto Luís Figo para que o astro português mudasse de ideias. No entanto, o presidente "nerazzurri" recusou actuar sozinho na missão de convencer Luís Figo a manter-se mais uma época no clube. "A decisão de Figo significa que ele é quase como um novo reforço para a nossa equipa", referiu Moratti. "Teríamos necessitado de dois jogadores para substituir alguém como ele. Apenas emprestei a minha voz a um desejo colectivo. Dos adeptos, do treinador e dos seus companheiros de equipa. Todos queriam que ele permanecesse e eu também penso que tem um futuro brilhante à sua frente. Estamos apostados em fortalecer a nossa implantação internacional e Figo é uma grande personalidade, conhecido e apreciado em todo o lado. Ele desempenharia esse papel na perfeição. Já conversámos sobre isso. Espero que ele aceite esta oferta quando decidir terminar a carreira".

"Felicidade"
Antes da chegada de Luís Figo, em 2005, proveniente do Real Madrid CF, o Inter apenas tinha vencido o Scudetto em 1989. Desde então, o encantador de plateias, de 34 anos, que contabilizou 127 internacionalizações ao serviço da selecção portuguesa, contribuiu para a conquista de dois títulos nacionais transalpinos, para além da Taça e da SuperTaça de Itália. "Não sei o que aconteceu antes da minha chegada, portanto não posso dizer por que razão o Inter não vencia", explicou. "No entanto, tive a felicidade de chegar e desfrutar imediatamente do prazer de vencer. Trabalhámos muito para conquistar esses títulos e arrecadámos quatro ou cinco em apenas dois anos. Os adeptos do Inter não comemoravam há alguns anos. Por isso, estamos orgulhosos de lhes termos proporcionado a oportunidade de o fazerem, ao vencermos de forma brilhante o Scudetto, como aconteceu na época passada".

Mentalidade ganhadora
Os "nerazzurri" conquistaram um número recorde de 97 pontos na caminhada rumo ao título, terminando a prova com 22 pontos de vantagem sobre o segundo classificado, a AS Roma. Luís Figo pode não ter sido o único factor-chave por detrás do domínio do Inter, mas o grande líder da "geração de ouro" do futebol português acrescentou, seguramente, classe e a mentalidade ganhadora necessária para ajudar o Inter no desafio europeu e na frente interna. Depois de ter sido eliminado pelo Valencia CF nos oitavos-de-final da edição da época passada da UEFA Champions League, agora, o objectivo do campeão italiano passa por potenciar essa experiência acumulada. "[A derrota com o Valência] foi um momento mau, mas não se pode ganhar tudo", esclareceu o antigo jogador do Sporting, que conta no currículo com os títulos de Melhor Futebolista Europeu e Jogador Mundial do Ano. "É muito difícil encontrar uma equipa que consiga vencer na liga interna e nas competições europeias na mesma época. Nós tivemos um ano muito bom. Infelizmente, não foi suficiente para triunfarmos nas competições europeias. Mas estou seguro de que tanto o clube como os jogadores estão preparados para voltar a tentar".

Êxito colectivo
Luís Figo registou 64 presenças na Serie A durante as duas primeiras temporadas em Itália, mas está preparado para jogar menos se assim for necessário para voltar a conquistar a UEFA Champions League, que ergueu em 2002, ao serviço do Real Madrid. "Todos os jogadores gostariam de estar sempre no relvado", anotou. "Vou procurar estar sempre preparado e depois veremos quantos jogos vou efectuar. Respeitarei sempre as decisões de Mancini. Se vencermos a UEFA Champions League, ficarei muito feliz mesmo que não tenha jogado tanto como nas duas primeiras épocas. Sabemos que não será fácil, mas temos de tentar".

Este artigo faz parte da edição desta semana do Magazine do uefa.com. Clique aqui para ler os restantes artigos.