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Essien sela reviravolta

Valencia CF 1-2 Chelsea FC (total: 2-3)
Morientes ainda adiantou os espanhóis no marcador, mas os golos de Shevchenko e Essien garantiram o apuramento dos "blues".

O Chelsea FC carimbou o passaporte para as meias-finais da UEFA Champions League, ao derrotar fora o Valencia CF, por 2-1, garantindo a vitória na eliminatória com um total de 3-2. A equipa espanhola ainda chegou ao intervalo em vantagem, graças a um golo de Fernando Morientes, mas Andriy Shevchenko e Michael Essien materializaram a reviravolta no marcador na etapa complementar.

Miguel e Ricardo Carvalho titulares
Com Hugo Viana no banco de suplentes (entrou aos 72 minutos), Miguel foi titular no lado direito da defesa do Valência, enquanto Fernando Morientes recuperou de um pequeno problema físico e alinhou na frente de ataque do conjunto "che". Do lado do Chelsea, o técnico José Mourinho não abdicou de Ricardo Carvalho, que formou com John Terry a dupla de centrais do Chelsea, ao passo que Paulo Ferreira foi suplente não utilizado. Destaque ainda para o regresso de Essien, que tinha falhado os últimos jogos dos campeões ingleses, devido a lesão.

Respeito mútuo
As duas equipas abordaram o encontro com precaução, ciente da importância de não permitir um golo madrugador. Ainda assim, foi o Chelsea que criou os primeiros dois lances de algum perigo, tendo ambos surgido na sequência de pontapés de canto. O primeiro teve lugar aos 16 minutos, quando Frank Lampard solicitou a entrada de cabeça de Ricardo Carvalho, mas o remate do internacional português saiu ao lado da baliza espanhola. Apenas quatro minutos volvidos, foi a vez de Michael Ballack cabecear à figura de Cañizares, novamente após um canto de Lampard.

Morientes não perdoa
Depois de estudar o adversário, o Valência começou a ganhar um certo ascendente a partir do minuto 25, aproveitando a velocidade dos seus jogadores e o sentido posicional do ponta-de-lança Morientes. O internacional espanhol ainda deixou um aviso à passagem da meia-hora de jogo, quando rematou com estrondo ao poste depois de tirar do caminho John Terry, mas a verdade é que precisou de apenas mais dois minutos para assinar o 1-0. Joaquín cruzou da direita para o coração da área do Chelsea, onde apareceu um desmarcado Morientes a bater Petr Chec com um remate de pé esquerdo.

Cañizares segura vantagem
Aproveitando o momento, o Valência quase chegou ao segundo tento aos 34 minutos, valendo ao Chelsea o facto de Ashley Cole se ter colocado no caminho da bola, parando um remate de Morientes que levava o selo de golo. Os visitantes continuavam a revelar muitas dificuldades para penetrar no último reduto espanhol, tendo de recorrer aos remates de longe para tentar chegar ao empate. Lampard errou por pouco o alvo aos 36 minutos, quatro antes de Didier Drogba ver Cañizares negar-lhe o golo com uma espantosa defesa com a mão esquerda, em resposta a um poderoso cabeceamento do avançado da Costa do Marfim.

Shevchenko empata
Insatisfeito com o rumo dos acontecimentos e com a prestação da sua equipa, José Mourinho lançou Joe Cole ao intervalo, recuando Essien para o lado direito da defesa (face à saída de Diarra). Apesar da aposta, a partida parecia destinada a mais do mesmo, já que o Valência entrou determinado a gerir a vantagem no marcador e na eliminatória. No entanto, a eficácia do Chelsea nas bolas paradas voltou a fazer estragos aos 52 minutos. Essien cobrou um livre na direita e cruzou para a área, com Ayala a conseguir em primeira instância impedir o remate de Drogba. Contudo, a bola sobrou para Shevchenko, que se limitou a empurrar para o fundo da baliza, empatando a eliminatória.

Medo de sofrer
O golo inverteu o sentido da partida, com o Chelsea a assenhorar-se do meio-campo e a empurrar o Valência para a sua defesa. Lampard não ficou muito longe de operar a reviravolta no marcador com um potente remate de fora da área, antes de Drogba também ter no pé direito uma soberana oportunidade para marcar, valendo aos anfitriões que o disparo do avançado saiu fraco e à figura de Cañizares. O Valência sentiu o perigo e tratou de "adormecer" o encontro, consciente de que novo golo consentido significaria, provavelmente, o adeus à prova.

Essien decide
E esse cenário só não se tornou logo realidade porque Cañizares voltou a brilhar ao mais alto nível aos 84 minutos, quando negou o cabeceamento certeiro de Ballack com uma defesa portentosa para canto. No entanto, estava escrito que seria o Chelsea a fazer a festa, cabendo a Essien decidir a eliminatória aos 90 minutos, na sequência de um potente remate rasteiro que Cañizares não conseguiu deter, apesar de ter sido desferido de ângulo apertado. O Chelsea fica agora à espera do que vai acontecer no Liverpool-PSV Eindhoven para conhecer o seu adversário nas meias-finais.

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