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Henry quer fazer história

O capitão do Arsenal avisou os companheiros que chegar às meias-finais da UEFA Champions League será um feito rapidamente esquecido se a equipa cair nesta fase da prova.

Mesmo reconhecendo que o Arsenal FC já fez história ao alcançar as meias-finais da UEFA Champions League pela primeira vez, o capitão Thierry Henry acredita que esse será um feito rapidamente esquecido se a carreira dos londrinos acabar frente ao Villarreal CF.

Dez jogos sem derrotas
Nos dez jogos até aqui realizados na competição, a equipa orientada por Arsène Wenger permanece sem conhecer o sabor da derrota - sofreu apenas dois golos, e nenhum dos quais nos últimos oito desafios da prova. A formação inglesa foi a responsável pelo afastamento de colossos como o Real Madrid CF, nove vezes campeão europeu, nos oitavos-de-final, e dos campeões italianos da Juventus, naquela que foi a terceira tentativa do Arsenal em chegar às meias-finais. Estes dados fazem com que muitos apontem os londrinos como favoritos para a recepção ao Villarreal, mas ainda assim, Henry não se mostra particularmente satisfeito.

"Queremos ganhar"
"Fizemos história, sim, mas não o tipo de história que queremos", disse o francês. "Claro que é especial, até porque o Arsenal nunca tinha conseguido chegar até aqui, mas queremos ir mais longe e ganhar a competição. A presença nas meias-finais é óptima para os adeptos e para o próprio clube, mas temos de fazer tudo para seguir em frente nesta eliminatória. Penso que os dois únicos jogadores com quem joguei no Arsenal que foram campeões europeus foram o [Nwankwo] Kanu e o Marc [Overmars, ambos pertencentes à equipa do AFC Ajax que derrotou o AC Milan em 1995], pelo que estamos todos desejosos de vencer".

Último jogo europeu em Highbury
Esta partida será também a última das competições europeias a ter lugar em Highbury, agendada que está a mudança do Arsenal para o seu novo estádio já no próximo Verão. Henry admite, tal como o seu treinador já o fez, que sente uma especial ligação ao actual recinto dos londrinos. "É difícil dizer o quanto Highbury significou para mim", disse. "É um estádio extraordinário e, apesar de todos falarem sobre o público e sobre o recinto em si, para mim o pormenor mais importante é a relva, que está sempre perfeita. O meu recorde de golos lá é mesmo muito bom. No fundo, é um campo de pequenas dimensões, e eu até preciso de espaço para correr, mas ali sinto-me em casa. Tenho memórias fantásticas destes anos, e é impossível pensar no Arsenal sem pensar em Highbury".

Duelo de estreantes
Antes de voltar a concentrar atenções no embate com o Villarreal, Henry acrescentou que espera ver repetida frente aos sensacionais espanhóis o ambiente que se viveu em Highbury frente ao Real Madrid e Juventus. "Foi uma atmosfera fantástica a que vivemos nesses dois jogos, e espero que se repita". O internacional francês de 28 anos diz ter muito respeito pelo oponente espanhol, porque chegar tão longe na época de estreia na UEFA Champions League não está ao alcance de todos. "Na sua primeira vez na prova, o Villarreal fez o mesmo que nós. As duas equipas nunca tinham chegado às meias-finais", afirmou. "Clubes como o Real Madrid têm uma história impressionante, mas não se pode apagar o que alcançou o Villarreal. As pessoas podem pensar que somos favoritos, mas não vejo as coisas dessa forma".

Um perigo chamado Riquelme
Um assumido apaixonado pelo jogo, o avançado está perfeitamente consciente das qualidades e das tácticas a utilizar pelo adversário, em concreto pelo perigo que Juan Román Riquelme pode criar. "O Villarreal é uma equipa compacta, que defende bem, protegendo o seu quarteto defensivo. Têm bons jogadores, como Diego Forlán e José María Romero, e há muito tempo que sigo a carreira de Riquelme. Achei que ele foi fabuloso ao serviço do [CA] Boca Juniors, tratando-se mesmo de um jogador especial. Quando está inspirado, o Villarreal também está". Assim sendo, resta ao Arsenal esperar que o organizador de jogo argentino não esteja nos seus melhores dias no jogo desta quarta-feira.