O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

Novo choque de titãs

Após três jogos épicos em apenas um ano, o que esperar do enredo do quarto episódio do duelo de gigantes entre Barcelona e Chelsea?

Após três encontros épicos, o que esperar do enredo do quarto episódio do duelo de gigantes entre FC Barcelona e Chelsea FC? Desta feita, a formação catalã parte em vantagem para mais um aguardado embate, mas destas duas espantosas equipas espera-se sempre algo de grandioso, pelo que tudo está perfeitamente em aberto.

Dois autogolos
• Na primeira mão dos oitavos-de-final, em Stamford Bridge, o Chelsea transformou a inferioridade (numérica) em forças e adiantou-se no marcador, beneficiando de um autogolo. Mas a festa durou pouco tempo, pois surgiu um desvio involuntário de John Terry para a sua baliza, após livre de Ronaldinho, lançando um final de epopeia emocionante, com os visitantes a procurarem insistentemente o golo da vitória. Lionel Messi acertou na barra e Terry salvou, duas vezes, em cima da linha de golo, antes de Samuel Eto'o colocar os adeptos espanhóis em delírio, com um cabeceamento ao segundo poste que estabeleceu o resultado final.

Novamente 2-1
• Há um ano, o Barcelona também garantiu vantagem de 2-1 na partida da primeira mãos dos oitavos-de-final, mas a diferença esteve no facto de os catalões terem de defender, no jogo seguinte, a liderança em Londres. Desta vez, o segundo embate disputa-se em Camp Nou e a formação de Frank Rijkaard vai apresentar-se com os índices de confiança em alta, apostada em vingar a derrota, por 5-4 (total das duas mãos), sofrida na eliminatória da época passada.

Eto'o sempre decisivo
• Na temporada transacta, Eto'o também esteve na génese da liderança do Barcelona ao "intervalo" do duelo. O que se passou há duas semanas mais não foi que uma espécie de repetição do que sucedera na época passada, pois também aí o Chelsea perdeu um homem, devido a um cartão vermelho, antes do intervalo - Didier Drogba, em Barcelona e agora Asier Del Horno, em Londres -, para além de ter existido um golo na própria baliza. Na época passada, a infelicidade bateu à porta de Juliano Belletti, logo no primeiro jogo, conferindo uma vantagem surpreendente ao Chelsea. Mas a entrada de Maxi López deu o mote para a reviravolta dos catalães. O argentino assinou o golo da igualdade e Eto'o sentenciou o encontro.

Goleada para a história
• Mas a história dos duelos entre os dois clubes não se esgota nas partidas da época passada. Chelsea e Barcelona cruzaram-se nos quartos-de-final da edição de 1999/00 da UEFA Champions League e os espanhóis saíram a ganhar. Nessa altura, a goleada do Barcelona em Camp Nou (5-1), com dois tentos apontados no período de descontos, por Rivaldo e Patrick Kluivert, lançaram os catalães na rota de um triunfo final por 6-4. A goleada sofrida em Camp Nou permanece, ainda hoje, como a maior encaixada pelo Chelsea em 97 partidas nas competições europeias.

Demolidores em casa
• O resultado também contribuiu para solidificar o impressionante registo exibido pelo Barcelona, em casa, nos embates com formações inglesas. Em 20 jogos disputados na Catalunha, os espanhóis apenas foram ao tapete uma vez, nas meias-finais da edição de 1975/76 da Taça UEFA, sucumbindo, por 1-0, no jogo com o Liverpool FC. Desde a derrota, por 2-1, com a Juventus, em Camp Nou, na segunda mão dos quartos-de-final da temporada 2002/03, o Barcelona venceu seis jogos e empatou um, em sete partidas da UEFA Champions League.

Estatística impressionante
• Três dessas vitórias aconteceram na fase de grupos da actual edição da prova. O campeão espanhol conseguiu um apuramento tranquilo, vencendo o Grupo C com nove pontos de vantagem, e tornou-se, graças aos 16 golos marcados, numa das equipas mais concretizadoras da fase de grupos da competição. Em Espanha, a equipa de Deco marcou quatro golos à Udinese Calcio, cinco ao Panathinaikos FC e três ao Werder Bremen.

Chelsea com vista para os "quartos"
• Se o Chelsea for eliminado, será a primeira vez em quatro épocas de participação na UEFA Champions League que a equipa não atinge os quartos-de-final da prova. Na temporada transacta, os londrinos chegaram às meias-finais pela segunda campanha consecutiva, sucumbindo ao único golo apontado pelo Liverpool - formação que viria a erguer o ceptro europeu - na eliminatória.

• Na actual campanha, os conjuntos britânicos voltaram a esgrimir argumentos, ao serem colocados juntos no Grupo C. Os confrontos terminaram, ambos, empatados a zero, mas o campeão europeu venceu o grupo, atirando a equipa de José Mourinho para o segundo posto, a um escasso ponto de distância. O segundo lugar do campeão inglês ficou a dever-se, em grande parte, à derrota, por 1-0, averbada em Espanha, na última deslocação àquele país, no reduto do Real Betis Balompié, em jogo da terceira jornada da fase de grupos.

Registo preocupante
• O registo das deslocações mais recentes confere motivos de preocupação ao conjunto londrino na visita a Camp Nou. Nos últimos sete encontros, os ingleses apenas conseguiram uma vitória (cinco foram derrotas), que surgiu na quinta jornada da presente campanha, com o triunfo, por 2-0, na visita ao RSC Anderlecht.

Apenas um triunfo em Espanha
• E o histórico das viagens a Espanha também não é nada confortável. Antes da deslocação da actual temporada, para defrontar o Bétis, a formação britânica disputou cinco partidas e apenas venceu uma. A vitória solitária (2-1) foi conseguida, precisamente, diante do Bétis, nos quartos-de-final da edição de 1997/98 da Taça das Taças.

Formato da fase a eliminar
• Os clubes disputam dois jogos entre si, em casa e no terreno do adversário, passando à fase seguinte os que tiverem apontado mais golos no conjunto das duas mãos. Caso ambas as formações tenham marcado o mesmo número de golos, passará à fase seguinte aquela que tiver apontado mais golos fora de casa. Se tal não for conclusivo, será jogado um prolongamento com duas partes de 15 minutos, depois do encontro da segunda mão. Neste período, caso as duas equipas marquem o mesmo número de tentos, os golos marcados fora contarão a dobrar (passará à ronda seguinte a equipa visitante). Se durante o prolongamento não forem marcados quaisquer golos, o vencedor será encontrado no desempate através de pontapés da marca de grande penalidade.

Seleccionados para si