Villarreal trava Manchester
quarta-feira, 14 de setembro de 2005
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Villarreal CF 0-0 Manchester United FC
Os adversários do Benfica no Grupo D não foram além de um empate a zero.
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O Villarreal CF teve uma boa estreia na Liga dos Campeões, ao empatar com o experiente rival do Grupo D, o Manchester United FC, num encontro interessante, mas sem golos.
Rooney expulso
A equipa da casa até poderia ter averbado os três pontos, frente a um adversário que jogou os últimos 26 minutos com dez homens, após a expulsão de Wayne Rooney, que viu dois cartões amarelos num curto espaço de tempo. O Villarreal exerceu uma forte pressão nos 20 minutos finais, mas o empate acabou por prevalecer.
Riquelme de fora
O treinador do Villarreal, Manuel Pellegrini, escolheu não arriscar o agravamento da lesão de Juan Román Riquelme nos ligamentos de um tornozelo, optando por Héctor Font na direita do meio-campo, tendo o espanhol dado muito trabalho aos visitantes durante a primeira parte, dentro e fora da grande-área de Edwin van der Sar. No outro lado, o Manchester United escolheu alinhar apenas com três médios - Paul Scholes, Darren Fletcher e Alan Smith - e três avançados. Inevitavelmente, o jogo foi extremamente aberto, mantendo os adeptos que encheram o estádio empolgados e entusiasmados com a estreia do clube espanhol na Liga dos Campeões.
Oportunidade para Ronaldo
No entanto, a equipa de Sir Alex Ferguson fez valer a sua experiência e, ao passo que o Villarreal ia pressionando, foram os visitantes a causar mais perigo nos instantes iniciais. Um desvio de Marco Senna, aos oito minutos, deixou a bola ao alcance de Cristiano Ronaldo, que se juntou à restante equipa depois do funeral do seu pai, mas o guarda-redes Sebastián Viera saiu-se aos pés do português e resolveu a situação. O guardião uruguaio voltou a destacar-se ao travar um cabeceamento de Mikaël Silvestre, após um canto cobrado por Scholes.
Alívio fundamental
Dez minutos mais tarde, o Manchester United teve de efectuar a sua primeira alteração, quando Gabriel Heinze, que esteve lesionado num tornozelo, chocou com Jan Kromkamp. Kieran Richardson entrou para o seu lugar e desde logo criou perigo, ganhando um livre a Gonzalo Rodríguez. Viera não conseguiu segurar a bola e, já batido, Ruud van Nistelrooij ficou com tudo para fazer o golo, mas Gonzalo manteve o resultado a zero, com um pontapé acrobático quando a bola estava a centímetros da linha de golo.
Grande defesa
Os visitantes podem queixar-se de pouca sorte nessa ocasião, mas também Van der Sar foi obrigado a uma defesa de grande classe para impedir o golo. José Antonio Guayre desmarcou-se e o cruzamento foi desviado pelo calcanhar de Juan Pablo Sorín, com o remate de Rodolfo Arruabarrena a levar o selo de golo, mas o guarda-redes internacional holandês estirou-se na frente da baliza e impediu a alteração do resultado.
Qualidade de Vieira
Diante do seu antigo clube, o avançado do Villarreal, Diego Forlán, mostrou-se ansioso por desfrutar de uma oportunidade para marcar, mas apenas aos 50 minutos um passe de Sorín permitiu um remate do dianteiro ao lado da baliza. Depois, o interessante duelo entre Vieira e Van Nistelrooij teve a sua segunda edição, quando, após um passe de cabeça de Cristiano Ronaldo, o holandês rematou, mas o guardião voltou a estar à altura.
Vermelho para Rooney
O jogo estava a tornar-se mais duro, com várias faltas e cartões amarelos a travarem o ritmo do encontro. Este período culminou com a expulsão de Rooney, aos 64 minutos; o internacional inglês viu um cartão amarelo por falta sobre Quique Álvarez e reagiu aplaudindo a decisão do árbitro, o que lhe valeu o segundo amarelo e consequente expulsão.
Golpe de sorte
A equipa da casa procurou aproveitar a vantagem numérica nos últimos minutos e esteve perto de conseguir os três pontos quando um livre, cobrado por Senna, foi embater na trave, após um desvio de Rio Ferdinand. Apesar de não ter conseguido vencer, o Villarreal tem todos os motivos para estar satisfeito com o trabalho realizado na sua estreia na prova.