Milan sofre mas segue para a final

O AC Milan carimbou o passaporte para a final da UEFA Champions League (a segunda em três anos), apesar da derrota por 3-1 ante o PSV Eindhoven, na segunda mão das meias-finais da competição.

Rui Costa no banco
As principais ausências do lado do PSV prenderam-se com o castigado André Ooijer, além de DaMarcus Beasley, lesionado. Os milaneses, por seu lado, apresentaram-se praticamente na máxima força, sem castigos e lesões de maior. O português Rui Costa iniciou o encontro no banco de suplentes.

Vantagem considerável
Recorde-se que o Milan ganhou o jogo da primeira mão, disputado em San Siro, por 2-0, com golos de Shevchenko e Tomasson. A turma orientada por Guus Hiddink realizou uma segunda parte de bom nível, ainda assim, a formação transalpina averbou uma vantagem considerável, com o segundo golo a ser apontado no último minuto da partida.

Maldini assusta
No desafio desta noite, a equipa da casa entrou decidida em anular a vantagem dos italianos e comandou as operações nos primeiros instantes da partida. A primeira ocasião de perigo ocorreu na área dos “rossoneri”, com um lance protagonizado por Jan Vennegoor of Hesselink. Contudo, o atacante falhou o remate acrobático, tendo atingido Paolo Maldini na cabeça, que foi assistido fora das quatro linhas.

Park marca a abrir
Depois da ameaça inicial, a equipa da casa chegou mesmo à vantagem aos nove minutos, na sequência de uma combinação entre Vennegoor of Hesselink e Park, com o coreano a rematar forte, sem hipóteses de defesa para Dida. A formação holandesa continuou a assumir as despesas do jogo após o golo, com maior tempo de posse de bola, aproveitando o desacerto inicial dos comandados de Carlo Ancelotti.

Vennegoor em destaque
A turma milanesa, muito encolhida na sua defensiva, raramente saia para o ataque e, aos 27 minutos, o PSV falhou uma excelente oportunidade para dilatar o marcador, na sequência de um cabeceamento de Vennegoor of Hesselink, após um livre apontado por Van Bommel. A bola embateu na barra à guarda de Dida e saiu pela linha de fundo.

Milan equilibra 
Apesar do domínio dos holandeses, o conjunto transalpino conseguiu soltar-se no final do primeiro tempo e passou a jogar mais no meio campo da turma da casa, numa fase em que o PSV acusava algum desgaste depois dos 20 minutos iniciais de grande intensidade. Ainda assim, aos 39 minutos, foi a vez de Alex criar nova oportunidade, ao acorrer de cabeça a um livre apontado da direita. Contudo, o remate do central brasileiro falhou o alvo.

PSV a todo o gás
Ancelotti lançou Kaladze no segundo tempo, para o lugar de Maldini, que se terá ressentido do lance com Vennegoor of Hesselink no início da partida. O PSV reentrou no jogo a toda a velocidade e Park poderia ter bisado aos 49 minutos, contudo, não conseguiu dar o melhor seguimento a um cruzamento de Farfán. Os holandeses apertavam o cerco à turma italiana e os lances de perigo junto da baliza de Dida iam-se sucedendo.

Cocu iguala eliminatória 
A resposta do Milan surgiu apenas aos 57 minutos, com uma boa iniciativa de Kaká pelo lado direito. Contudo, Shevchenko falhou o remate perante a oposição de Lucius. À imagem do que sucedeu no primeiro tempo, os “rossoneri” conseguiram soltar-se com o passar do tempo mas o PSV igualou a eliminatória aos 64 minutos. O coreano Lee ganhou espaço no lado esquerdo, efectuou o cruzamento e Cocu, vindo de trás, cabeceou de forma imparável para o fundo das redes milanesas.

Oportunidades
Motivada com o segundo golo, a turma de Eindhoven foi em busca do terceiro tento e o recém-entrado Robert poderia ter sentenciado a eliminatória aos 75 minutos, com um excelente remate sob o lado esquerdo. Dida opôs-se bem e desviou para canto. No outro extremo do terreno, aos 79 minutos, foi a vez de Ambrosini testar os reflexos de Gomes, após cabeceamento perigoso na zona frontal.

Final frenético 
Quando todos esperavam pelo prolongamento, o Milan desenvolveu um contra ataque mortífero aos 90 minutos e Ambrosini marcou de cabeça, após trabalho de Kaká no lado esquerdo. No minuto seguinte, o PSV fez o terceiro tento, novamente por Cocu, ainda que o golo do internacional holandês se tenha revelado insuficiente nas contas da eliminatória.