Cabeça de Alex ilumina PSV
terça-feira, 22 de fevereiro de 2005
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PSV Eindhoven 1-0 AS Monaco FC
Um cabeceamento certeiro de Alex no início da partida deu a liderança à formação holandesa.
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Por Mark Chaplin, no Estádio Philips
O PSV Eindhoven bem pode agradecer ao defesa Alex pelo golo solitário que permitiu bater o AS Monaco FC num embate intensamente disputado, referente à primeira mão dos oitavos-de-final da UEFA Champions League.
Golo a abrir
O cabeceamento do brasileiro, desferido aos oito minutos na sequência de um pontapé de canto, permitiu ao conjunto holandês adquirir escassa mas preciosa vantagem para o jogo da segunda mão, que se disputará no Mónaco, a 9 de Março. O PSV dominou a partida durante largos períodos mas não foi capaz de dilatar a vantagem frente à formação monegasca, que, graças a uma defesa acertada, conseguiu manter intactas as possibilidades de qualificação.
Luta a meio-campo
O PSV tentava vingar o desaire sofrido frente ao Mónaco na fase de grupos da temporada transacta e, numa noite terrivelmente fria em Eindhoven, ambas as equipas demoram a entrar no jogo, pelo que as acções iniciais se restringiram ao meio-campo. Os visitantes desfrutaram do primeiro remate a baliza, à passagem dos seis minutos, quando Mohamed Kallon atirou ao lado, de fora da área.
Cabeceamento perfeito
Mas o PSV reagiu imediatamente e inaugurou o marcador dois minutos depois. Mark van Bommel apontou o primeiro pontapé de canto do desafio, Alex subiu mais alto do que a concorrência e, à boca da baliza, desferiu um cabeceamento como mandam as regras, de cima para baixo, batendo o guarda-redes monegasco, Flávio Roma, e deixando os adeptos da casa em delírio.
PSV pressiona
Com o sul-coreano Ji-Sung Park particularmente activo na direita, o PSV tentou capitalizar o factor casa mas, a meio da etapa inicial, Jefferson Farfán efectuou um remate decepcionante à figura de Roma, após boa iniciativa do extremo-direito, que abriu espaços no interior da defensiva forasteira. De seguida, coube ao médio suíço Johann Vogel subir no terreno para rematar por cima da barra, numa fase em que o Mónaco era definitivamente 'encostado às cordas'.
Intervenção crucial
Apesar de desfrutar da posse de bola, o conjunto monegasco deparou-se com dificuldades para criar situações de perigo, com os avançados Javier Saviola e Emmanuel Adebayor perfeitamente manietados pela defesa do PSV. No entanto, Alex foi obrigado a derrubar Adebayor em última instância, quando o atlético avançado se preparava para invadir a área na sequência de uma perda de bola da equipa da casa no meio-campo.
Sem margem para erros
Vogel recebeu o cartão amarelo aos 37 minutos, a punir falta sobre Jaroslav Plašil, e o capitão do Mónaco, Julien Rodriguez, também viu o seu nome ser anotado no bloco do árbitro após entrada impetuosa sobre Young-Pyo Lee. A etapa inicial, bastante disputada, terminou com os visitantes a exerceram maior pressão, embora sem recolherem dividendos - Lucas Barnardi, de meia-distância, rematou por cima da barra, mas o PSV foi a formação mais feliz até ao intervalo.
Troca de avançados
Aos 52 minutos, o avançado norte-americano DaMarcos Beasley rendeu Fasfán no PSV, e a etapa complementar começou sem que nenhuma das formações conseguisse exercer ascendente, num encontro com poucas oportunidades de golo, cuja intensidade crescia à medida que o cronómetro avançava. No entanto, o defesa-central do PSV, André Ooijer, teve um remate por cima da barra, num dos raros momentos em que o esférico rondou a baliza.
Trabalho árduo
O PSV necessitava de um segundo golo que lhe oferecesse vantagem confortável para a viagem a França, mas revelou-se pouco organizado nas acções ofensivas e o Mónaco - que lutava com dificuldades para se afirmar no ataque -, trabalhava ferozmente para não abrir brechas que pudessem ser aproveitadas pelos anfitriões.
Mónaco ameaça
Entretanto, aos 65 minutos, surgiu um dos raros lances em que a equipa visitante conseguiu chegar com perigo à área contrária: Saviola recebeu, rodou e rematou ligeiramente por cima do ângulo da baliza, após passe atrasado de Adebayor na linha de fundo. A formação holandesa necessitou de estar atenta para impedir o Mónaco de conseguir um perigo golo fora de casa, e Plašil disparou à do guarda-redes anfitrião, Heurelho Gomes, em mais uma investida forasteira. Todavia, nenhuma das equipas conseguiu encontrar o caminho das redes no final do encontro, pelo que estão lançados os dados para um interessante duelo da segunda mão no Stade Louis II.