Oficial da Champions League Resultados em directo e Fantasy
Obtenha
O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

O perfume do samba no PSV

O brasileiro Alex vai procurar seguir os passos dos compatriotas Romário e Ronaldo ao serviço do clube holandês.

Por Jules Marshall, no Estádio Philips

Apesar de nos últimos anos o PSV Eindhoven ter investido mais no mercado coreano, o clube holandês sempre teve uma enorme tradição em lançar grandes futebolistas brasileiros na alta roda do futebol europeu.

A influência de Hiddink
A associação à Coreia do Sul nasceu após o Campeonato do Mundo de 2002, quando Guus Hiddink conduziu a selecção anfitriã às meias-finais. Após o final do torneio, o treinador tomou conta dos destinos do PSV e trouxe consigo Ji-Sung Park e Young-Pyo Lee.

Trio de ilustres
O técnico e os dois atletas já deixaram a sua marca no clube, mas o perfume do samba na Holanda tem raízes mais antigas. Desde o início dos anos 90, Romário, Vampeta e Ronaldo brilharam ao mais alto nível na formação holandesa, que contou ainda com mais uma dúzia de excelentes executantes brasileiros nos seus quadros.

Aposta nos jovens
Não é surpresa, portanto, que o PSV seja reconhecido como um dos clubes que melhor detecta jovens talentos sul-americanos, tornando-os depois em grandes estrelas do futebol mundial. No último Verão, Hiddink contratou o guarda-redes Heurelho Gomes e o defesa central Alex, que seguem agora os passos dos seus antecessores.

O sonho dos miúdos
"O PSV é um dos clubes europeus mais conhecidos no Brasil, graças ao Ronaldo e ao Romário", afirma Alex, que consultou o agora avançado do Real Madrid CF antes de se transferir para a Holanda. "Muitos miúdos sonham em jogar no clube onde actuaram os seus ídolos".

Adaptação fácil
As dificuldades na mudança para um país e um continente novos são enormes, mas o facto do PSV ser um clube que não sofre grande pressão da comunicação social ajuda os jovens futebolistas a manterem-se concentrados. "Eindhoven é uma cidade calma comparada com Madrid, Londres ou mesmo Amesterdão", refere Pedro Salazar Hewitt, o tradutor que o clube coloca à disposição dos atletas brasileiros. "Aqui a imprensa não é agressiva nem devassa a vida privada dos jogadores".

Experiência europeia
"O sucesso que os atletas brasileiros têm conseguido ao serviço do PSV e, posteriormente, de outros emblemas, prova que este é um clube excelente de adaptação ao futebol europeu", afirma Gomes. "Dá confiança aos seus jogadores, que aqui conseguem sentir-se em casa. Temos muita ajuda na nossa vida pessoal e isso é importante para se alcançarem boas exibições dentro do campo".

Lapidar diamantes
O único problema para o PSV é que, mal os talentos começam a dar nas vistas, logo surgem os grandes emblemas europeus a tentar contratá-los. No entanto, Hewitt garante que no clube não existe qualquer ressentimento por lapidar os diamantes antes de os ver brilhar em coroas mais ricas.

Benefícios mútuos
"Sabemos que um dia vão partir, mas isso não nos entristece", afirma Hewitt. "A única forma de termos grandes jogadores, quer sejam brasileiros ou holandeses, é apostar em jovens com muito talento. O clube recebe muito dinheiro em troca quando são vendidos, dinheiro esse que é utilizado para recrutar outras futuras estrelas".

Contratação de Robert
No banco de suplentes do PSV frente ao AS Monaco FC esta terça-feira esteve Roberto. Este avançado, de 23 anos, foi o último brasileiro a ser contratado pelo clube holandês, tendo dado nas vistas no Club Atlas, do México, onde marcou 33 golos em 43 jogos. Guus Hiddink admite que vai demorar algum tempo até Roberto atingir este patamar na Europa. "O Roberto veio do México directamente para o Inverno da Holanda e o clima é apenas um dos aspectos na adaptação de um jogador. Precisa de algum tempo para se habituar ao nosso estilo, mas acredito que vai atingir o nível que nós desejamos", afirmou o técnico.

Seleccionados para si