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As causas da crise

Jorge Andrade reflecte sobre a má temporada protagonizada pelo Deportivo da Corunha.

Por Fergus O'Shea

Depois de ter conseguido qualificar-se para os oitavos-de-final da UEFA Champions League nas últimas cinco temporadas, o RC Deportivo La Coruña já saiu de prova nesta temporada, tendo somado apenas dois pontos nos seis jogos realizados na fase de grupos. A equipa espanhola terminou a sua curta carreira na competição com uma humilhante goleada em casa diante do AS Monaco, por 5-0, no dia 8 de Dezembro.

O pesadelo Mónaco
A equipa de Javier Irureta recuperou bem na temporada passada, após ter sofrido uma goleada de 8-3 no Mónaco na fase de grupos, tendo mesmo alcançado as meias-finais da competição. Quando esse mesmo Mónaco visitou a Galiza na presente temporada, já os espanhóis estavam eliminados.

Campanha desastrosa
"As coisas começaram mal desde o primeiro jogo, pois não marcámos em casa e depois perdemos no Mónaco", afirmou ao uefa.com Jorge Andrade, internacional português que representa o Corunha. "Começámos muito mal a Liga dos Campeões e estivemos sempre sob pressão para tentar obter pontos e marcar golos, mas não conseguimos alcançar qualquer um desses objectivos", frisou.

Recorde negativo
De facto, o Deportivo alcançou um péssimo recorde, tornando-se na primeira equipa a ser eliminada da fase de grupos sem marcar um único golo. "Não jogámos o nosso futebol, enquanto que as outras equipas actuaram de uma forma confortável, tornando tudo muito difícil para nós", explicou o antigo central do FC Porto.

Duro golpe
O último desafio, frente ao Mónaco, foi um duro golpe para o Depor. Jogando apenas por orgulho, os espanhóis baixaram a cabeça e acabaram por sofrer uma goleada de um adversário que consegue alcançar sempre bons resultados contra a equipa de Jorge Andrade. "Sempre jogámos mal diante do Mónaco", confirmou o defesa português. "Apenas conseguimos vencer por uma vez, no Riazor".

Humilhação no Riazor
O Deportivo começou o jogo a tentar marcar, mas o Mónaco acabou por ganhar ascendente e aproveitar os erros defensivos do opositor. Assim, Ernesto Chevanton, Gaël Givet, Javier Saviola, Douglas Maicon e Emmanuel Adebayor acabaram por ter liberdade para marcar golos atrás de golos.

Deschamps e as dificuldades
Deschamps não conseguiu encontrar justificação para a queda do Deportivo. "Eles são praticamente a mesma equipa da temporada anterior. Pouco mudou. Inicialmente esperava que o Deportivo se qualificasse, mas a competição foi muito complicada, especialmente este ano. No entanto, no ano passado também ocorreram muitas surpresas".

Problemas no ataque
Contudo, para muitos dos titulares do Depor, Deschamps terá colocado o dedo na ferida quando disse que a sua equipa tinha vencido porque "foi capaz de criar perigo e marcar golos". De facto, o Depor tem tido muitos problemas nessa mesma área.

Falhas na defesa
Já na Primera División, o Depor tem um problema diferente, estando situado no meio da tabela, mas vendo Alberto Luque estar entre os melhores marcadores, com oito golos. O problema da equipa na competição reside na defesa, o que lhes valeu o afastamento precoce dos primeiros lugares.

Novas caras
A maioria dos adeptos pensa que o clube precisa de muitas mudanças de forma a descobrir novamente a forma revelada nas anteriores temporadas. Jorge Andrade joga à defesa nesta questão: "Não me cabe a mim dizer se precisamos de novas caras".

Factor Makaay
Para outros, o Deportivo sofre pelo facto de ter demorado a substituir o holandês Roy Makaay, que abandonou o clube rumo ao FC Bayern München há duas temporadas atrás. Certamente que a falta dos seus golos se faz sentir, especialmente numa temporada memorável pelas razões erradas e na qual Irureta tenta salvar algo.

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