Arsenal arrasa Rosenborg

Por Trevor Haylett, em Highbury

Com a primeira vitória na UEFA Champions League alcançada desde a primeira jornada, o Arsenal FC garantiu tranquilamente a passagem para além da fase de grupos pela quinta temporada consecutiva. Arsène Wenger apresentou uma equipa com muitas alterações, mas, mesmo assim, o campeão inglês mostrou-se sempre demasiado forte para o Rosenborg FK.

Golo logo a abrir
O golo marcado por José Antonio Reyes logo aos três minutos estabilizou a formação londrina, recheada de jogadores inexperientes. Mais tarde, Thierry Henry e Cesc Fabregas colocaram a turma da casa em vantagem por 3-0, decorriam ainda 29 minutos de jogo. Erik Hoftun marcou para os noruegueses, mas Robert Pires fez o 4-1 de grande penalidade, ainda na primeira parte. O suplente Robin van Persie apontou o quinto já perto do fim do jogo. Este triunfo, juntamente com a vitória do Panathinaikos FC sobre o PSV Eindhoven, assegurou ao Arsenal o primeiro lugar no Grupo E.

Onze inexperiente
Com Patrick Vieira e Lauren castigados e Wenger a optar por deixar mais uma vez de fora o guarda-redes titular, Jens Lehmann, o Arsenal não se podia dar ao luxo de perder outro jogador, uma vez que. no próximo fim-de-semana, recebe o rival Chelsea FC para a Premiership. Todavia, Fredrik Ljungberg queixou-se de problemas físicos, o que obrigou o técnico francês a mais alterações. Os jovens Mathieu Flamini e Justin Hoyte entraram para o meio-campo e para o lado direito da defesa, respectivamente, enquanto Manuel Almunia manteve o lugar na baliza. Um onze inexperiente para um jogo em que o resultado era muito importante. Contudo, o Arsenal pôde contar com Dennis Bergkamp, recuperado de uma lesão.

Reyes abre o activo
O avançado holandês esteve no lance do golo inicial. Tudo começou com uma falta cometida sobre Reyes. Após o livre, Bergkamp recebeu a bola e serviu Reyes de forma perfeita. O espanhol contornou Torjus Hansén e rematou rasteiro por baixo do corpo de Espen Johnsen.

Arranque perfeito
Foi um começo de sonho para os 'gunners', que retirou grande parte da pressão sobre o encontro e deu a possibilidade aos mais inexperientes para assentarem o seu jogo. O Arsenal mostrou-se, então, imparável e com capacidade para furar a defensiva visitante em cada jogada. Contudo, ainda teve de lutar contra um certo desleixo que se instalou na equipa e que deu a Harald Brattbakk, na esquerda, a possibilidade de marcar. Almunia, porém, saiu-se a tempo e recuperou a posse da bola.

'Chapelada' de Henry
O Rosenborg haveria de marcar antes dos intervalo - através de Hoftun, após o guardião espanhol ter largado uma bola na sequência de um livre - mas este tento não foi mais do que um acidente no percurso vitorioso do Arsenal. Aos 24 minutos, Henry ultrapassou Hansén em velocidade e colocou a bola por cima de Johnsen, para o fundo da baliza.

4-1 ao intervalo
Pouco depois, Fabregas mostrou excelente técnica individual e marcou o terceiro para os da casa. Após receber um passe de Pires na grande-área, o jogador colocou a bola sobre o seu marcador directo, dominou-a com o peito e rematou com o pé esquerdo para o poste mais distante. Fabregas tornou-se no segundo mais jovem jogador da história da Liga dos Campeões a marcar um golo. Após o tento do Rosenborg, ainda houve tempo para os ingleses marcarem o quarto antes do intervalo. Pires facturou facilmente de grande penalidade, após Henry ter sido derrubado pelo guardião visitante.

Arsenal em poupanças
A segunda metade foi muito pior em comparação com a primeira, mas era inevitável que o Arsenal abrandasse um pouco face ao transcendental jogo de domingo frente à equipa liderada por José Mourinho. Porém, Henry conseguiu ainda um remate às malhas laterais e Van Persie, segundos depois de ter entrado, falhou por pouco o quinto.

Golo a fechar
Van Persie foi mais certeiro pouco depois, com um remate de pé direito, mas Johnsen opôs-se bem. De seguida, Reyes colocou a bola sobre o guarda-redes, mas esta aninhou-se na parte superior da baliza. Van Persie acabaria por, finalmente, marcar, já perto do final do desafio.