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Camacho deixa Real Madrid

José Antonio Camacho abandonou o comando técnico do Real Madrid ao cabo de apenas quatro meses no cargo e será substituído por Mariano García Remón.

José Antonio Camacho abandonou o comando técnico do Real Madrid CF, na sequência do mau início de época da equipa, sendo substituído pelo treinador adjunto Mariano García Remón até ao final da época.

Reunião com Pérez
Camacho pediu a demissão depois da derrota de sábado com o RCD Espanyol, por 1-0, que se seguiu ao desaire da passada quarta-feira no terreno do Bayer 04 Leverkusen, na primeira jornada da UEFA Champions League. Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, aceitou a demissão do treinador após um reunião levada a cabo esta segunda-feira no Estádio Santiago Bernabéu, mas Camacho vai continuar no clube com outras funções.

Apoio dos adeptos
"Aceitamos a demissão de José Antonio Camacho, que continuará ligado ao clube na área desportiva. Depositamos toda a confiança em García Remón, nome proposto por Camacho à Direcção", revelou Florentino Pérez. "Vamos trabalhar para que possamos alcançar os nossos objectivos e aproveito para pedir o apoio de todos os adeptos para com o novo treinador, porque os grandes clubes devem reagir com normalidade às adversidades".

"Equipa não vai melhorar"
Camacho explicou claramente o motivo da sua decisão. "Creio que o rendimento da equipa não é o mais adequado e também acho que não vai melhorar enquanto eu for o treinador. Foi por isso que decidi sair. Tenho uma forma de trabalhar e treinar, e não me parece que as coisas possam melhorar. O presidente disse-me que era possível que isso se alterasse num futuro próximo, mas eu disse-lhe que não. Recebi o apoio da Direcção e do Presidente, mas penso que não conseguiria retirar rendimento desta equipa", assegurou.

"Estou com Camacho"
No que lhe toca, o novo treinador do Real Madrid, García Remón, mostrou acima de tudo muito respeito pelo seu colega e amigo, Camacho, ao mesmo tempo que deixava claros os motivos que o levaram a aceitar orientar a equipa. "Estou aqui por duas razões: primeiro porque Camacho me pediu e depois porque o Real Madrid também solicitou a minha continuidade. A vida continua e o Real vai lutar por todos os títulos. Muito obrigado, José", concluiu Remón, em jeito de agradecimento a Camacho.

Mudanças
Recorde-se que no sábado, Camacho, que já não contava com Zinedine Zidane e Luís Figo, ambos lesionados, deixou o capitão Raúl González e David Beckham no banco de suplentes no jogo com o Espanhol, mas as alterações não inspiraram a equipa. Ronaldo falhou um "penalty", Walter Samuel e Míchel Salgado foram expulsos e a equipa voltou a perder, numa noite para esquecer.

Sucesso no Benfica
Camacho substituiu Carlos Queiroz em Madrid no passado mês de Maio, depois de o clube "merengue" não ter conseguido conquistar qualquer título na época passada. O treinador, de 49 anos, foi seleccionador espanhol no UEFA EURO 2000™ e no Campeonato do Mundo de 2002, tendo ganho o seu primeiro troféu ao serviço do Benfica em 2004, levando o clube lisboeta à vitória na final da Taça de Portugal, ante o FC Porto. O Real Madrid volta a entrar em acção já terça-feira à noite, recebendo o CA Osasuna.

Remón assume o comando
Mariano García Remón, adjunto de Camacho, orientará o Real Madrid de forma interina até final da temporada. O técnico, de 53 anos, foi guarda-redes da equipa entre 1971 e 1986 e já orientou diversos clubes espanhóis, como o Real Sporting de Gijón, Albacete Balompié, UD Las Palmas, UD Salamanca, CD Numancia e Córdoba CF.  

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