Porto conquista a Europa
quarta-feira, 26 de maio de 2004
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AS Monaco FC 0 - 3 FC Porto
O FC Porto sagrou-se campeão europeu, pela segunda vez na sua história, ao bater o Mónaco na final de Gelsenkirchen.
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Dezassete anos depois de ter ganho a Taça dos Clubes Campeões Europeus, o FC Porto conquistou a UEFA Champions League, ao bater o AS Monaco FC, no Arena AufSchalke, por 3-0. Os "azuis-e-brancos" tornam-se, assim, na segunda equipa da história a conquistar a Taça UEFA e a mais importante competição europeia de clubes em duas épocas consecutivas (depois de o Liverpool o ter conseguido na década de 70).
Equipas em 4-4-2
O jogo não teve um período de estudo mútuo com as duas equipas a provarem que vinham bem ensinadas dos balneários. José Mourinho e Didier Deschamps não apresentaram surpresas nos respectivos “onzes” titulares. Os campeões nacionais surgiram com o habitual 4-4-2, com Derlei e Carlos Alberto a relegarem Benni McCarthy para o banco de suplentes. Do lado dos franceses, o capitão Ludovic Giuly apareceu ao lado de Fernando Morientes, formando uma dupla de ataque.
Baía salva
O Mónaco começou melhor e, ao contrário do que é costume, o FC Porto pareceu algo nervoso nos momentos iniciais. Como resultado dessa entrada menos boa, logo aos 3 minutos,
Lucas Bernardi recuperou a bola no meio-campo, Giuly desmarcou-se em velocidade, mas Vítor Baía saiu muito bem da área e afastou o perigo com os pés quando o capitão do Mónaco estava isolado.
Acalmia e pormenores
Após o susto inicial, o jogo acalmou um pouco mas os monegascos mantiverem sempre os “dragões” a uma distância considerável da sua baliza. As iniciativas individuais de Carlos Alberto e Deco, em resultado de excelentes pormenores técnicos, não originavam grande perigo.
Giuly lesionado
Primeiro canto
Numa partida muito táctica, só à passagem da meia-hora uma das equipas ganhou um canto, mas a defesa francesa interceptou a bola batida por Deco. A partir daí, os campeões nacionais começaram, finalmente, a ter mais posse de bola e, na sequência desse ligeiro domínio, chegaram ao golo, no segundo remate efectuado à baliza de Flavio Roma.
Carlos Alberto aproveita
Aos 39 minutos, Paulo Ferreira centrou para a zona da marca da grande penalidade, Givet não consegue o alívio e Carlos Alberto, aproveitando o ressalto, toca de pé direito para o fundo da baliza. Aos 19 anos, o jovem brasileiro tornou-se no terceiro mais novo marcador em finais da Liga dos Campeões e logo com o seu primeiro golo nas competições europeias.
Pršo não domina
Jogo de banco
Mourinho fez entrar Alenichev para o lugar de Carlos Alberto na tentativa de reconquistar o meio-campo e Deschamps respondeu com a entrada do ponta-de-lança Shabani Nonda para o lugar de Cissé. O FC Porto só precisava de uma oportunidade para sair em contra-ataque e decidir o jogo.
Deco aumenta
E foi na sequência de uma rápida contra-ofensiva que o FC Porto elevou para 2-0. Aos 71 minutos, Pedro Mendes recuperou a bola à entrada da área portista, lançou Deco que saiu do seu meio-campo com a bola controlada e assistiu Alenitchev no flanco esquerdo. O russo devolveu o passe ao luso-brasileiro que, já dentro da área, atirou com calma e classe para o canto direito da baliza de Roma.
Alenitchev confirma
Quatro minutos mais tarde, os "dragões" confirmaram a superioridade técnica e táctica, desta vez com Alenitchev a finalizar. Um centro de Derlei bateu em Squillaci e o ressalto sobrou para o internacional russo, que disparou fortíssimo estabalecendo o resultado final.
Festa portuguesa
A festa "azul-e-branca" tomou conta das bancadas e, apesar dos últimos esforços dos franceses, o FC Porto aproveitou os útlimos minutos para saborear mais um triunfo histórico.