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O colapso europeu dos "Gunners"

O uefa.com analisa o que correu mal ao Arsenal na actual edição da Liga dos Campeões.

Por Andrew Warshaw

Quando o seu rival na Premiership, o Chelsea FC, defrontar na próxima semana o AS Monaco FC nas meias-finais da UEFA Champions League, todo o grupo de trabalho do Arsenal FC observará o encontro com um misto de inveja e frustração.

Wenger defende-se
Arsène Wenger, técnico do Arsenal, tem insistido que vencer a Premiership é o mais fiável barómetro para avaliar a consistência de uma equipa durante a temporada. Curiosamente, esta sua teoria só foi dada a conhecer após a eliminação dos "Gunners" da maior competição europeia de clubes na sequência da derrota, por 3-2, nos quartos-de-final, ante os seus vizinhos londrinos. 

Currículo europeu
Mas a verdade é que nenhuma equipa pode ser considerada verdadeiramente grande sem alcançar sucesso na Liga dos Campeões, enfrentando diferentes estilos, tácticas e técnicas apresentadas pela nata do futebol do Velho Continente. O Arsenal pode ser uma grande equipa no que respeita às conquistas em Inglaterra, mas é o sucesso ao mais alto nível na Europa que marca a diferença. Wenger sabe disso. "Não nego que a Liga dos campeões é uma pequena obsessão para nós", admitiu, após a derrota com o Chelsea.

Fadiga física
Todavia, o treinador francês defende-se, admitindo que no decurso de uma série de quatro jogos importantes, disputados em apenas oito dias, a equipa não estava nas melhores condições físicas para a abordagem do encontro em Highbury. "Penso que partimos para esses dois jogos sem estarmos fisicamente ao melhor nível", confessou.

Medo europeu
Mas a incapacidade do Arsenal não se resume ao excesso de jogos. Sem a pressão do seu lado, o conjunto de Wenger
 consegue ultrapassar a generalidade dos adversários, mas nos jogos europeus, o medo parece afectar a equipa no piores momentos que se possa imaginar. Quando Thierry Henry foi substituído frente ao Chelsea, quase se podia sentir a alma do Arsenal a desvanecer.

Tiros no pé
Não obstante os títulos coleccionados pelo Arsenal em solo inglês, o hábito de dar tiros no próprio pé deixa muitas dúvidas sobre se os londrinos alguma vez poderão equiparar-se ao Real Madrid CF ou ao AC Milan. Apesar do seu talento atacante, o Arsenal parece, demasiadas vezes, uma formação banal frente às grandes equipas.

Cofre dourado
Pelo contrário, o Chelsea ofereceu ao longo da época sinais de estar mais bem preparado para o desafio europeu do que para as competições internas. Em parte, a explicação está directamente ligada às características dos jogadores de cada clube. O Chelsea, sobretudo graças ao cofre dourado de Roman Abramivich, adapta-se a diferentes tácticas e estratégias. A coesão defensiva é outro factor decisivo.

Alternativas escassas
Para tamanho domínio na Premiership, alicerçado na utilização dos habituais titulares, os recursos do Arsenal são manifestamente curtos quando surge a Liga dos Campeões. Não existe, obviamente, a devida retaguarda para Henry, Patrick Vieira ou Sol Campbell, e a formação de Wenger pode ficar terrivelmente exposta quando não tem a posse de bola.

Grandes títulos
"Acredito piamente nas estatísticas e, quando o Arsenal vencer a Liga dos Campeões, direi que eles são, provavelmente, a melhor equipa de sempre do futebol inglês. Mas é necessário vencer os maiores títulos para se ser considerada uma grande equipa", afirmou George Graham, o último treinador bem sucedido no comando técnico do Arsenal.

Outra oportunidade?
"Arsène é um treinador espantoso", acrescentou o escocês. "Conquistou todos os títulos internos, mas é um estudioso do futebol e penso que gostaria de ver o Arsenal também no topo do futebol europeu". Esta era a época que todos julgavam estar destinada ao sucesso - resta saber se terão outra oportunidade.                     

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