Surpresa no derby de Londres
terça-feira, 6 de abril de 2004
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Arsenal FC 1-2 Chelsea FC (total: 2-3)
Um golo de Wayne Bridge, marcado já perto do final da partida, valeu o triunfo do Chelsea.
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Por Trevor Haylett, em Highbury
O derby londrino dos quartos-de-final da UEFA Champions League terminou com a vitória do Chelsea FC, com um golo de Wayne Bridge, apontado a três minutos do apito final, a colocar um ponto final nas aspirações do Arsenal à glória europeia.
Emoção até ao fim
Mesmo antes do golo decisivo, Eidur Gudjohnsen viu um remate seu ser salvo em cima da linha de baliza, com o Chelsea a revelar-se mais forte e a garantir uma presença nas meias-finais da prova, onde vai enfrentar o AS Monaco FC. O resultado deixa o Arsenal ainda mais frustrado, depois da derrota no passado fim-de-semana nas meias-finais da Taça de Inglaterra, frente ao Manchester United FC. O desaire desta noite do Arsenal colocou igualmente um ponto final na série de 17 jogos sem derrotas frente aos rivais londrinos.
Dupla em forma
Apesar do prognóstico do passado fim-de-semana que indicava que uma lesão num joelho afastaria Reyes dos relvados durante três semanas, o avançado espanhol acabou por alinhar ao lado de Thierry Henry no ataque dos "gunners". Fredrik Ljungberg, outra vítima do jogo de sábado, também alinhou de início, enquanto Ashley Cole regressou ao activo, após dois jogos de paragem.
Escolha surpresa
Os eleitos do Chelsea foram uma surpresa, com Jimmy Floyd Hasselbaink e Eidur Gudjohnsen a alinharem na frente de ataque pela primeira vez na competição. Mario Melchiot surgiu a lateral direito, permitindo a William Gallas substituir Marcel Desailly no centro da defesa.
Esforço de Lampard
Os visitantes conseguiram o primeiro remate do encontro, mas Frank Lampard enviou o esférico directamente para as mãos de Jens Lehman. No entanto, os visitantes demonstraram um bom entendimento, com Hasselbaink e Gudjohnsen em grande plano.
Hipóteses de Henry
Mas foi o ataque arsenalista que criou mais dificuldades, com Henry a recolher um passe de Edu, mas a rematar por cima. Depois, aos 19 minutos, Reyes desmarcou Henry com um passe fantástico, mas o francês rematou muito ao lado do alvo.
Duff perto do golo
Dois minutos depois, Damien Duff desembaraçou-se de dois adversários e entrou na área apenas com o guarda-redes pela frente, mas não conseguiu abrir o activo.
Pressão da equipa da casa
O Arsenal exerceu uma forte pressão mesmo antes do intervalo, com Ashley Cole a demonstrar-se imparável no flanco esquerdo. O mesmo Cole e Henry tiveram remates infrutíferos, enquanto Robert Pires esteve perto do golo com um cabeceamento perigoso.
Reyes marca
Gudjohnsen respondeu com um cabeceamento que também saiu ao lado, mas seria o Arsenal a ficar em vantagem na eliminatória pela primeira vez. Um cruzamento de Lauren, da direita, foi directamente para a cabeça de Henry, que serviu Reyes, com o avançado espanhol a colocar a equipa da casa na liderança do marcador.
Entrada de Grønkjær
Foi o primeiro golo que o Chelsea sofreu fora de casa na competição, o que obrigou Claudio Ranieri a fazer entrar Jesper Grønkjær ao intervalo, para o lugar de Scott Parker. E seis minutos depois, os "blues" chegaram ao empate.
Igualdade reposta
A equipa da casa desembaraçou-se de dois ou três ataques complicados, antes de Claude Makelele desferir um potente remate. Lehmann não conseguiu segurar a bola, com a mesma a acabar por sobrar para Lampard, que rematou para a igualdade.
Luta perseverante
Depois do golo, o ritmo do jogo abrandou. Seguiu-se outra oportunidade para Lampard, que poderia ter feito o segundo golo, mas desta vez a bola morreu nas redes laterais, deitando por terra os esforços do avançado.
Último suspiro
Com o relógio a aproximar-se dos 90 minutos, Henry saiu para a entrada de Bergkamp, enquanto no Chelsea, Crespo e Joe Cole foram lançados para o terreno de jogo. E seriam os visitantes a estarem mais perto do golo, quando Joe Cole desmarcou Gudjohnsen para este falhar por pouco. Alguns instantes depois chegou o golo de Wayne Bridge. O Chelsea é o segundo clube londrino a chegar às meias-finais da principal competição europeia de clubes, depois de o Tottenham Hotspurs ter atingido esta fase da competição em 1962.