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Poder de fogo do Milan silencia Arsenal

AC Milan 4-0 Arsenal FC
A equipa italiana tem um pé nos quartos-de-final, depois do soberbo remate de Kevin-Prince Boateng ter inaugurado uma noite memorável em San Siro.

Robinho festeja depois de fazer o 2-0 em Milão
Robinho festeja depois de fazer o 2-0 em Milão ©Getty Images

O AC Milan deu um passo de gigante rumo à primeira presença nos quartos-de-final da UEFA Champions League desde 2007, depois de alcançar uma vitória imperial sobre o Arsenal FC, por 4-0.

Um espectacular remate de Kevin-Prince Boateng, dois golos de Robinho, um em cada parte, e um penalty de Zlatan Ibrahimović condenaram a equipa de Arsène Wenger à sua derrota mais pesada nas competições europeias. Os "gunners" precisam de cinco golos, quando as duas equipas se reencontrarem daqui a três semanas, em Londres, para reavivar as remotas esperanças de se manter em prova. E, depois desta partida, não se podem sequer dar ao luxo de sofrer golos.

Os preparativos para este jogo ficaram marcados pela maldição inglesa que tem afectado o Milan, eliminado nesta fase da competição nas últimas três edições da UEFA Champions League, sempre por adversários ingleses. Ainda assim, foram os "rossoneri" que atormentaram o Arsenal com uma exibição de alto calibre, pontuada por pressão alta, passes rápidos e finalização letal.

A equipa de Massimiliano Allegri desde cedo deu mostras das suas intenções, quando Clarence Seedorf, aos quatro minutos, rematou muito perto do poste. Apesar de o holandês ter saído pouco depois, devido a lesão, os anfitriões mantiveram a toada dominante, quase chegando à vantagem por intermédio do seu substituto, Urby Emanuelson, que, depois de Ibrahimović ter deixado passar a bola, não lhe deu a melhor direcção num remate a 12 metros da baliza.

Os "rossoneri" rapidamente inauguraram o marcador, quando Boateng – de regresso após um mês de ausência – recebeu no peito o passe de Antonio Nocerino e, já de ângulo apertado, rematou em "folha-seca", com a bola ainda a tocar na barra. Ao Arsenal, laborioso na posse da bola, faltava-lhe o ímpeto e energia do Milan, bem ilustrado pelas acções de Boateng e Robinho. Já para não falar na acutilância de passe, como fez questão de mostrar Ibrahimović, incluindo o momento em que rompeu pelo flanco esquerdo e cruzou para Robinho, que de cabeça fez o 2-0.

Boateng irrompeu na defesa adversária, mas desta feita o seu remate acertou na malha lateral, enquanto Nocerino roçou a barra com um remate poderoso. Os "gunners" estavam a ser dominados, e o facto de Laurent Koscielny ter saído do relvado a coxear, a poucos segundos do intervalo, representou mais más notícias. O outro defesa-central dos visitantes, Thomas Vermaelen, ficou exposto no terceiro golo do Milan. O internacional belga escorregou à frente de Robinho - lançado pelo impressionante Ibrahimović -, que depois flectiu para dentro e disparou rasteiro, junto ao poste direito da baliza do desamparado Wojciech Szczęsny.

Wenger fez entrar Thierry Henry para o seu 376º, e talvez último, jogo pelo Arsenal, e Alex Oxlade-Chamberlain, a realizar apenas a sua nona partida. Este último esteve na base de um quase inesperado golo fora, com um toque inteligente que deixou Robin van Persie em boa posição. O remate do avançado de 28 anos foi bem direccionado, mas Christian Abbiati efectuou uma defesa espectacular para evitar o golo do internacional holandês.

Abbiati voltou a negar o golo a Van Persie em mais duas ocasiões, à medida que os visitantes pressionavam – mas não era a noite dos "gunner". De facto, o pior estava para vir, já que Ibrahimović foi agarrado por Johan Djourou na área, a 11 minutos do fim. O avançado sueco converteu o castigo máximo e o seu quinto golo na UEFA Champions League esta época, culminando uma bela exibição individual. Mas o desempenho colectivo também não ficou atrás.

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