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Pato decide duelo de gigantes

Real Madrid CF 2-3 AC Milan
Pato desferiu um remate fulminante a dois minutos do final e deu novo alento à periclitante campanha do Milan.

Pato decide duelo de gigantes
Pato decide duelo de gigantes ©UEFA.com

O Real Madrid CF e o AC Milan degladiaram-se num verdadeiro clássico da UEFA Champions League, no Santiago Bernabéu, com a equipa da Serie A a recuperar de uma jogada infeliz de Dida e a ganhar novo fôlego na campanha do Grupo C, ao conquistar uma preciosa vitória por 3-2.

Embate de pesos pesados
Com um total de 16 troféus da Taça dos Clubes Campeões Europeus conquistados por estas duas equipas e uma constelação de estrelas em campo, para gáudio dos adeptos, as expectativas não saíram frustradas neste famoso e antigo estádio. Raúl González abriu o marcador nos primeiros 45 minutos, mas os golos de Andrea Pirlo e Pato, na etapa complementar, viraram o resultado. O disparo rasteiro de Royston Drenthe restabeleceu a igualdade, isto antes de Pato decidir o jogo com um remate certeiro somente a dois minutos dos 90 regulamentares.

Azar de última hora
O Real Madrid começou mal a noite, pois Gonzalo Higuaín lesionou-se ainda no aquecimento, juntando-se assim a já considerável lista de baixas "merengues". Ainda assim, Manuel Pellegrini, que não pode queixar-se de falta de talento no plantel, substituiu o argentino por Esteban Granero, que assim se estreou na competição e contribuiu para que a equipa da casa impusesse o seu jogo em campo. Granero e Karim Benzema, plenos de dinâmica e entrega ao desafio, estiveram na origem do primeiro golo do Real, aos 19 minutos. Benzema iludiu os defesas na quina da área do Milan e assistiu Granero para um remate espontâneo, que até ia direitinho à figura de Dida, mas o brasileiro, que actuou no lugar do lesionado Christian Abbiati, deixou a bola escapar-se-lhe, desviar no seu joelho e ir de encontro aos pés do sempre atento Raúl que, satisfeitíssimo com tão infantil oferta, aplicou o remate finalizador e assinou o seu 66º golo na UEFA Champions League.

Pressão madrilena
Evidentemente atordoados por esta contrariedade, os "rossoneri" permitiram que o adversário tivesse mais posse de bola e poderiam mesmo ter sido mais castigados por tal displicência se Lassana Diarra tivesse sido mais preciso no "chapéu" que tentou fazer ao guardião dos italianos. O internacional francês ainda voltaria a ameaçar, rematando com muito perigo, a curta distância do alvo e Marcelo também fez questão de aquecer as mãos de Dida. Já o Milan apenas uma vez foi capaz de criar perigo na primeira parte, quando Clarence Seedorf cruzou com efeito para Filippo Inzaghi, valendo o corte em boa hora de Raúl Albiol, numa altura em que se verificava ainda o nulo. A segunda metade começou em toada idêntica: Raúl, de pé esquerdo, atirou perto da trave e antes Kaká havia tirado um cruzamento/remate que, no entanto, não encontrou qualquer companheiro de equipa para desfeitear Dida.

Casillas com culpas
Dida teve várias oportunidades para atenuar o seu "frango" madrugador, ao negar golos a Benzema e Raúl, este último após erro defensivo. Tudo parecia tão calmo e tranquilo para o Real, mas em apenas quatro minutos os madrilenos ficariam em desvantagem. Pirlo recebeu um passe a ainda 30 metros da baliza e encontrou o espaço necessário para atirar à baliza, com a bola alojando-se nas redes à guarda de Casillas. O guardião até nem teve hipóteses de defesa neste caso, mas foi inteiramente culpado quando decidiu sair-se mal ao cruzamento de Massimo Ambrosini, erro aproveitado por Pato para fazer o 2-1, colocando na frente do marcador a equipa comandada por Leonardo.

Remate fulminante
Todavia, era apenas o início do pesadelo. A 14 minutos do fim o jogo ficaria de novo empatado quando Royston Drenthe chegou ao cruzamento de Raúl para desferir um remate forte e assinar o 2-2. No entanto, tendo em conta que estas duas equipas já jogaram tantas vezes na Taça dos Clubes Campeões Europeus - 526 para ser mais exacto -, não seria de estranhar que esta partida reservasse nova surpresa e foi o que aconteceu, com Pato a receber passe de Seedorf, aplicando um tiro fulminante e assim provar que, afinal, a campanha do Milan na prova não está a correr tão mal quanto parecia.