Rússia de ataque em Wembley
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
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Dinyar Bilyaletdinov ressalvou a necessidade de a Rússia "não entrar em pânico" no importante encontro frente a Inglaterra.
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O médio Dinyar Bilyaletdinov ressalvou a necessidade de a Rússia “não entrar em pânico” nas vésperas do decisivo encontro com a Inglaterra, em Wembley, em jogo de apuramento para o UEFA EURO 2008™.
Preocupante desperdício
A Rússia chega a Londres motivada depois de ter batido no passado sábado a República da Macedónia, por 3-0. Ainda assim, contam-se as ausências do guarda-redes Vladimir Gabulov, por castigo (após ter sido expulso no referido encontro), do avançado Ivan Saenko, a recuperar de uma lesão no tornozelo e que não estará disponível a tempo de defrontar os ingleses. Nenhum dos oito jogadores à beira da acumulação de cartões amarelos foi admoestado no jogo realizado no Estádio do Lokomotiv, mas a ineficácia da Rússia na hora de rematar acabou por ser o factor mais preocupante.
“Não entrar em pânico”
Os jogadores orientados por Guus Hiddink criaram muitas oportunidades de golo, mas tiveram de esperar até seis minutos do final para decidir a contenda, depois de logo aos oito minutos terem inaugurado o marcador. Diante da Inglaterra, não se esperam tantas oportunidades de golo, mas a estrela do FC Lokomotiv Moskva, Bilyaletdinov, insiste que a confiança pode ser a chave. “É muito importante não entrarmos em pânico, mantermo-nos calmos até surgirem hipóteses para marcar e sermos eficazes”, afirmou. “Infelizmente, não aproveitámos todas as oportunidades criadas ante a Macedónia. Fomos descuidados e desatentos, além de nos ter faltado alguma velocidade em determinados períodos do jogo”.
Mentalidade de ataque
O registo de resultados da Rússia ante as potências europeias não é brilhante, mas o regresso do extremo Yuri Zhirkov, do PFC CSKA Moskva, é encarado por Hiddink como uma vantagem. O holandês até já afiançou que vai tentar colocar a sua equipa a jogar futebol de ataque em Wembley, visto que a vitória deixaria a Rússia a cinco pontos da Inglaterra, numa altura em que faltam três jogos. “Tentaremos lutar e pressionar o adversário em todas as áreas do campo”, afirmou o holandês. “Vamos proceder a alterações apenas porque estamos a defrontar um adversário diferente. Mas não tentaremos apenas defender – vamos jogar ao ataque”.
Smertin diz que é para ganhar
Aleksei Smertin, o único russo a jogar na Premier League inglesa, não tem sido primeira escolha. Mas o médio-defensivo do Fulham FC, 55 vezes internacional pela sua selecção, considera que existem razões para os seus compatriotas acreditarem na vitória. “Temos de estar optimistas, especialmente tendo em conta o menor momento de forma da selecção inglesa”, afirmou Smertin. “A Rússia tem oportunidade de lutar pelos três pontos e não apenas pelo empate. Acredito que será essa a atitude a apresentar em campo”.
Ingleses confiantes
O capitão inglês, John Terry, acredita que a Rússia é uma força reconhecida a nível global, mas acredita que a boa forma evidenciada pela sua equipa - provada pelos 4-0 obtidos diante de Israel, no fim-de-semana passado -, pode jogar a seu favor. “A Rússia é uma equipa muito boa e vai causar-nos mais dificuldades do que os israelitas”, afirmou. “Quando a pressão está ao rubro nós costumamos dar boas respostas. Desde o início do jogo em Israel que ditámos o ritmo e logo nos minutos iniciais mostrámos ao que íamos”.