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Cazaquistão em festa

Os festejos vão esmorecendo em Almaty, após o Cazaquistão ter vencido no sábado, diante da Sérvia, o seu primeiro jogo oficial desde que se juntou à UEFA.

Os festejos vão esmorecendo em Almaty, após o Cazaquistão ter vencido no sábado, diante da Sérvia, o seu primeiro jogo oficial desde que se juntou à UEFA.

Grito de guerra
Uma multidão de 20 mil espectadores incentivou a equipa à vitória no Estádio Central, onde o antigo grito de guerra cazaque "Arouakh!" ecoou pelas bancadas, enquanto no relvado os golos de Kairat Ashirbekov e Nurbol Zhumaskaliyev selavam o triunfo, apesar da Sérvia ainda ter reduzido a desvantagem através de Nikola Žigić. O Cazaquistão, admitido como a 52ª nação da UEFA em 2002, aguardava por este momento há muito tempo.

"Tinha de acontecer"
O avançado Murat Suyumagambetov estava eufórico no final da partida. "Estávamos à espera de uma vitória - tinha de acontecer", afirmou. "Merecemos. Não facilitámos, pressionámos o nosso adversário e criámos oportunidades. Quero agradecer a todos os adeptos e louvar Rakhtar Aliev [presidente da Federação de Futebol do Cazaquistão] pela nossa entrada na UEFA. Agora os nossos adeptos podem ver-nos a vencer na Europa".

"Fé renovada"
A vitória revelou-se ainda mais surpreendente na medida em que o treinador holandês Arno Pijpers teve de lidar com uma série de lesões, dando a Farkhadbek Irismetov a rara oportunidade de ser titular no lado esquerdo da defesa. "Não somos são fortes tecnicamente como os sérvios, mas conquistámos os três pontos através de muito trabalho", afirmou o defesa do FC Tobol Kostanay. "Agora podemos enfrentar outras selecções europeias com fé renovada. Já não somos a equipa de há um ano, que perdia com todos".

Trinco improvisado
Com o trinco Andrei Karpovitch também lesionado, coube ao organizador de jogo Ruslan Baltiev ter um papel mais defensivo no meio-campo e acabou por realizar uma excelente exibição. "As disputas de bola foram sempre muito duras, porque a Sérvia tem jogadores de topo que actuam nos melhores clubes europeus", afirmou o internacional mais experiente do Cazaquistão, adversário de Portugal no Grupo A de apuramento. "Demos tudo o que tínhamos e por isso é que vencemos", acrescentou.

Žigić anulado
Antes do jogo de sábado, o Cazaquistão nunca tinha conseguido vencer em 17 jogos oficiais de qualificação para o Campeonato do Mundo e Campeonato da Europa, tendo registado três empates e 14 derrotas. Outro jogador importante na vitória foi o defesa-central Maksim Zhalmagambetov, que conseguiu anular durante quase toda a partida o avançado Žigić, do Real Racing Club Santander, habitualmente muito perigoso no jogo aéreo.

Dívida paga
"Antes do encontro o treinador só falou em ganhar", afirmou Zhalmagambetov. "Tínhamos de vencer porque estávamos em dívida para com os adeptos após as derrotas em casa do ano passado. É óptimo poder pagar essa dívida. Marcar o Žigić não foi nada do outro mundo. A equipa técnica confiou em mim e estou feliz por não os ter desapontado".