O desespero de Pavel Nedved
sexta-feira, 2 de julho de 2004
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O capitão da República Checa diz que o golo da Grécia no prolongamento foi o pior momento da sua vida.
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O capitão de equipa da República Checa, Pavel Nedved, revelou que sentiu uma "enorme impotência" quando a sua lesão no joelho colocou um doloroso ponto final na sua campanha no UEFA EURO 2004™, que tanto vinha a prometer.
O lance da lesão
O médio, de 31 anos, foi substituído aos 40 minutos da meia-final de quinta-feira à noite, que terminou com a derrota frente à Grécia, após se ter lesionado no joelho direito num lance dividido com Konstantinos Katsouranis na grande área grega. "Tentei rematar a bola, mas atingi o joelho do adversário", explicou Nedved. "Soube de imediato que o jogo terminara para mim. Isso deixa-nos com o sentimento de que não podemos fazer nada para ajudar a equipa".
Desespero e frustração
O médio da Juventus não disputou a final da UEFA Champions League de 2002/03, por se encontrar castigado, e sentia-se desesperado por compensar essa ausência e ajudar a formação checa a chegar à final de domingo, em Lisboa. "Perder a final desta vez é muito pior", disse Nedved, que tentou regressar ao jogo após ter recebido assistência. "Ele teria continuado a jogar mesmo se tivesse partido uma perna", disse o fisioterapeuta checo, Eduard Poustka.
O pior momento
Nedved, com um saco de gelo no joelho, incentivou os seus colegas a partir do banco de suplentes e encorajou-os no intervalo antes do início do prolongamento. O jogador catalogou o golo de cabeça Traianos Dellas como "o pior momento" da sua vida e acrescentou: "Vai demorar muito tempo para ultrapassar isto. No entanto, esta é a melhor equipa pela qual joguei. Temos um verdadeiro espírito de equipa".