Ujfaluši não facilita

O defesa checo Tomáš Ujfaluši garantiu que não vai facilitar a vida aos adversários na meia-final da próxima quinta-feira, frente à Grécia, apesar de saber que está a um cartão amarelo de uma suspensão que o colocaria fora da grande final. "É impossível fugir aos lances", disse o defesa central.

Risco de suspensão
Ujfaluši, Marek Jankulovski e Pavel Nedved viram todos os cartão amarelo no triunfo sobre a Dinamarca, nos quartos-de-final, e enfrentam uma possível suspensão se voltarem a ser admoestados no jogo contra a Grécia. Contudo, nenhum deles pensa em alterar o estilo de jogo que tanto sucesso tem garantido à selecção checa.    

Concentração de Jankulovski
"Não pude jogar contra a Holanda durante a fase de qualificação, pelo que sei que se trata de uma situação desagradável para qualquer jogador, embora não perca muito tempo a pensar nisso", disse Jankulovski. "Acima de tudo, quero vencer a meia-final. Nada mais é importante".

Nedved determinado
Decepção é algo com que Pavel Nedved já se habituou a lidar ao longo da sua carreira de sucesso. O melhor jogador europeu em 2003 esteve ausente da final da UEFA Champions League de 2002/03, por se encontrar suspenso. Apesar dessa dolorosa lembrança, o médio do Juventus não faz intenção de esquivar-se aos seus instintos lutadores quando subir ao relvado do Estádio do Dragão. "Não quero ficar de fora de outra final por causa dos cartões amarelos", disse o capitão dos checos. "No entanto, não vou mudar o meu estilo de jogo. Não consigo alhear-me da luta dentro de campo".

Último aviso
Falar sobre uma eventual presença na final pode vir a favorecer os gregos, que têm surpreendido os seus adversários partindo da condição de "outsiders". No entanto, o técnico adjunto Miroslav Beránek tem tido o cuidado de afastar qualquer sinal de complacência que possa surgir na equipa checa.

Não à euforia
"Ainda não vencemos nada. A euforia não tem lugar nesta equipa", disse Beránek, que liderou a República Checa à conquista do Campeonato da Europa de Sub-21, em 2002. Desde então, esse feito foi devidamente aproveitado e rentabilizado, já que sete jogadores dessa selecção estão presentes em Portugal.

Festa antes da final
O ambiente festivo motivado pelas celebrações do 850º aniversário da cidade de Sintra invadiu e contagiou o centro de estágio dos checos. Apesar de até os polícias terem oferecido garrafas de vinho, os jogadores não se esqueceram do motivo que os levara a Sintra e prontamente regressaram ao trabalho na forma de uma sessão de treino à porta fechada. O técnico principal, Karel Brückner, voltou a insistir nas jogadas de bola parada, embora tivesse de terminar o treino uma hora antes do previsto, devido à intensidade do calor.