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Futuro incerto para Trapattoni

A poucos dias da reunião com a Federação Italiana de Futebol, Giovanni Trapattoni afirmou que não tem intenção de se demitir do cargo de seleccionador nacional.

Giovanni Trapattoni afirmou, esta quarta-feira, que não tem qualquer intenção de se demitir do cargo de seleccionador nacional. Trapattoni vai reunir-se na sexta-feira com a Federação Italiana de Futebol, contudo, esperava-se que renunciasse ao seu cargo, caso a Itália fosse eliminada prematuramente do UEFA EURO 2004™, como acabou por acontecer.

Final de contrato
"Nem coloco essa hipótese", disse Trapattoni em conferência de imprensa. "O meu lema é nunca desistir". O contrato do treinador termina no dia 15 de Julho e os resultados estão contra ele. Além da eliminação do Europeu na fase dos grupos, a Itália, sob o comando de Trapattoni, também não foi além da segunda fase no Campeonato do Mundo de 2002, tendo perdido, num jogo polémico, contra a selecção anfitriã da Coreia do Sul. Face a esta realidade, não é esperado que Trapattoni receba uma oferta de renovação do seu contrato.

Sucessor
Contudo, Trapattoni insinuou que o mais provável era que o seu sucessor liderasse a Itália durante a fase de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2006, que começa em Setembro do ano corrente. "O meu substituto vai encontrar uma boa equipa. Quando me tornei seleccionador, herdei um grupo de jogadores que acabara de perder o título europeu nos últimos segundos da final".

Entre os melhores
"Continuamos a ter uma boa equipa, com jogadores capazes de desempenhar várias posições. Continuo a acreditar que estamos entre as quatro ou cinco melhores selecções da Europa. Agora temos de pensar no apuramento para o próximo campeonato do mundo e estou certo que o vamos conseguir".

Sem suspeitas
A Itália venceu a Bulgária, por 2-1, na noite de terça-feira, registando a sua primeira vitória no Grupo C, embora o empate a dois golos verificado no jogo em simultâneo entre suecos e dinamarqueses, tenha significado o apuramento de ambas as selecções escandinavas para os quartos-de-final. Trapattoni não acredita que tenha havido combinação as duas selecções nórdicas no sentido de empatarem a dois golos, precisamente o resultado menos desejado pelos italianos. "Os jogadores escandinavos têm uma certa ética desportiva. Não quero alinhar com esse tipo de raciocínio", explicou.

Sem sorte
Pelo contrário, Trapattoni agradeceu aos seus jogadores pelo "comportamento, dedicação e desejo de vencer", acrescentando: "Mais uma vez, o futebol e a sorte viraram-me as costas. Merecíamos a qualificação. A Itália não perde um jogo há um ano e meio, mesmo que em certas situações não tivéssemos jogado o que sabemos".

Futuro incerto
O treinador admitiu que esperava mais de jogadores como Francesco Totti, Alessandro Del Piero e Christian Vieri, mas também assegurou que a culpa não foi deles. "O futebol italiano acabará por mostrar o seu real valor, embora, após o que sucedeu em Portugal e no último Mundial, não sei o que o futuro reserva à nossa selecção".