O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

Parte Um: Você pergunta, Capello responde

O ex-seleccionador inglês, antigo internacional italiano, fala sobre o que mais o tem impressionado no UEFA EURO 2012, sobre a Itália de Cesare Prandelli e a surpreendente formação táctica apresentada por Espanha.

Parte Um: Você pergunta, Capello responde
Parte Um: Você pergunta, Capello responde ©UEFA.com

Antigo médio internacional italiano e antigo seleccionador de Inglaterra, Fabio Capello esteve com o UEFA.com para responder a algumas das centenas de perguntas enviadas via Twitter. Nesta primeira de duas partes, o antigo treinador de AC Milan, Real Madrid CF, AS Roma e Juventus partilha os seus pensamentos sobre quem mais o tem impressionado no UEFA EURO 2012 até ao momento, sobre o que faz a Itália funcionar sob as ordens de Cesare Prandelli e a surpreendente formação táctica apresentada por Espanha no seu jogo inaugural.

Para assistir à entrevista na íntegra clique no vídeo acima.

@Ricky_Whiting: Que jogador mais o impressionou até ao momento no EURO 2012? E porquê?

Fabio Capello: Entre os mais jovens estou a gostar particularmente de [Alan] Dzagoev, da selecção russa, não só pelos três importantes golos que já marcou, mas também pelo enorme carácter que tem demonstrado. Assinou um golo importante no último jogo e teve mesmo oportunidade de bisar na partida. É um grande jovem talento numa selecção russa já algo envelhecida.

O outro jogador que mais me impressionou foi um italiano, que em contraste com o jovem russo já tem 34 anos. É o [Antonio] Di Natale, que jogou 20 ou 30 minutos contra a Espanha, mas marcou um golo e teve hipóteses de fazer mais um. É deste tipo de jogadores que todos os treinadores gostam de ter no banco, capazes de entrar em campo e ter influência imediata no encontro. São jogadores extremamente perigosos.

@KikoManutd27: O que mudou da Itália de Marcello Lippi para a de Cesare Prandelli?

Capello: Marcello Lippi construiu um melhor espírito de equipa. Tratava-se de uma formação muito coesa e determinada, que assentava o seu jogo numa boa defesa. Esta actual selecção italiana alterou bastante o seu estilo de jogo. Concentra-se mais no meio-campo, pressiona bastante e isso foi visível frente à Espanha. Não nos podemos esquecer que Marcello Lippi alcançou algo de extraordinário, ao conquistar o Campeonato do Mundo com uma equipa que, no papel, estava longe de ser a mais forte, por isso há que lhe tirar o chapéu pelo que ele conseguiu.

@goralpatel: Quem acha que vai ser a principal figura da selecção de Itália neste UEFA EURO 2012?

Capello: O jogador que faz a diferença é [Andrea] Pirlo. Faz a diferença, mas tenho de dizer que, para mim, a principal surpresa está a ser a qualidade e a confiança com que todos os médios italianos estão a actuar. O [Thiago] Motta e o [Claudio] Marchisio também, mas ainda mais o Pirlo, porque é ele o jogador que mais tempo tem a bola e que inicia os lances de ataque que mais dores de cabeça dão aos adversários.

@inigorv: Qual a sua opinião sobre o facto de a Espanha não ter entrado em campo com nenhum avançado de raiz frente à Itália?

Capello: Quando vimos o "onze" da Espanha todos ficámos um pouco surpreendidos. Espanha tem muitos jogadores capazes de jogar na frente e marcar. [Cesc] Fàbregas não é um avançado centro, mas um jogador de apoio ao ataque, posição na qual costumava jogar no Arsenal. É capaz de desempenhar bem esse papel. E acabou por ser mesmo ele a marcar o golo e a criar outra boa oportunidade, antes de marcar, a qual Buffon defendeu muito bem.

Depois entrou [Fernando] Torres e, de imediato, dispôs de duas situações de perigo. Torres é um jogador capaz de arranjar espaços bem junto da área adversária, pelo que é extremamente perigoso. Tenho de destacar que [Gianluigi] Buffon esteve muito bem e pressionou Torres quando este lhe tentou fazer um chapéu, que acabou por sair demasiado alto.

Seleccionados para si