O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

Thiago fundamental na manobra da Espanha

Para o seleccionador Luis Milla, a equipa tem sempre prioridade sobre as individualidades, mas é justo dizer-se que Thiago Alcántara merece destaque no seio da talentosa formação espanhola.

Poucos conseguiram conter Thiago Alcántara no Grupo B
Poucos conseguiram conter Thiago Alcántara no Grupo B ©fodboldbilleder

Luis Milla costuma destacar o colectivo, pelo que é raro efectuar elogios individuais. O que é perfeito quando uma equipa está a jogar tão bem quanto a sua Espanha o tem feito neste Campeonato da Europa de Sub-21.

No entanto, um jogador que merece sem dúvida uma menção especial é Thiago Alcántara, "pivot" do futebol ofensivo da Espanha. Operando à frente do duo de médios composto por Javi Martínez e Ander Herrera e atrás do ponta-de-lança, autor de três golos, Adrián López e – nos últimos dois jogos – com Juan Mata e Iker Muniain nas alas, Thiago liderou o assalto espanhol às meias-finais na Dinamarca.

Os elogios são incontestáveis quando examinamos os golos que carimbaram o primeiro lugar da Espanha no Grupo B. Após o tento madrugador de Mata, Thiago passou pelo meio-campo ucraniano antes de desmembrar a defesa com um passe que convidava a um cruzamento de Martín Montoya para a finalização de Adrián. Depois, o organizador de jogo do Barcelona fez ainda um excelente passe para Mata, que ganhou a grande penalidade entretanto por si convertida.

Adicionando o pontapé de canto que levou ao tento inaugural de Ander Herrera frente à Inglaterra e compreendemos o valor do número 19 de Espanha. Ele, no entanto, prefere minimizá-lo: "Estou orgulhoso desta equipa, da evolução que temos vindo a fazer", disse Thiago, que, durante a época passada, fez 12 jogos na Liga espanhola pelo Barça, tendo-se estreado na UEFA Champions League frente ao FC Rubin Kazan, em Dezembro, e ajudou o Barça B a terminar a II Divisão espanhola na terceira posição. "O pessoal está aqui para tornar o trabalho muito mais fácil. Estou feliz por jogar nesta equipa."

O jovem de 20 anos podia ter facilmente vestido a camisola do Brasil ou de Itália tivesse a carreira do seu pai conhecido um rumo diferente. Filho do campeão do Mundo de 1994, Mazinho, Thiago nasceu em Bari, quando o seu pai representava a US Lecce. Quando o médio-defensivo se transferiu para Espanha – onde viria a jogar no Valencia CF, RC Celta de Vigo e Elche CF – levou a família consigo. Thiago acabaria por ingressar no Barcelona, juntamente com o irmão mais novo, Rafinha, actualmente com 18 anos e também ele parte da equipa do Barcelona B. A chamada às selecções espanholas foi naturalmente o corolário lógico da sua emergência – chegou aos Sub-17 em 2007 – e também se estreou na Liga pela equipa principal do Barça em Maio de 2009, frente ao RCD Mallorca.

Com a perspectiva de o próximo marco na carreira ser o título europeu de Sub-21, a Espanha só pode beneficiar da experiência de Thiago em fases finais – foi campeão europeu de Sub-17 em 2008, quando marcou, na Turquia, no triunfo sobre a França, por 4-0, na final. "Não creio que a Bielorrússia seja um adversário fácil", disse sobre o adversário das meias-finais. "Estiveram muito bem ao qualificarem-se e ainda melhor ao apurarem-se para as meias-finais." O seleccionador Milla pode não querer admiti-lo, mas poderá ainda consegui-lo com a ajuda de uma centelha de Thiago na quarta-feira, em Viborg.

Seleccionados para si