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Espanhóis com "atitude certa"

A Espanha começou a defesa do título europeu com uma vitória (4-0) convincente no Liechtenstein. "Tentámos aplicar o mesmo estilo e a mesma intensidade do Campeonato do Mundo", explicou o médio Xabi Alonso.

Cesc Fàbregas (à direita) felicita Fernando Torres pelo segundo golo deste
Cesc Fàbregas (à direita) felicita Fernando Torres pelo segundo golo deste ©Getty Images

Apesar da vitória da Espanha no Liechtenstein, por 4-0, ter sido tão convincente como o esperado e de o resultado poder ter sido ainda mais dilatado, a equipa de Vicente del Bosque mostrou capacidade de encarar a missão em Vaduz de forma tão séria como encarou o Campeonato do Mundo no Verão.

Há três anos, foram necessários dois golos de David Villa para garantir a vitória por 2-0 no Liechtenstein à selecção que viria a sagrar-se campeã da Europa. Desta vez, num jogo em que a Espanha lançou a candidatura para defender esse título, o avançado voltou a facturar e abriu o o marcador que seria fechado com um bis de Fernando Torres e mais um golo de David Silva, entrado na segunda parte do jogo de abertura do Grupo I.

Cesc Fàbregas e Xabi Alonso, utilizados em simultâneo no meio-campo durante a segunda parte, destacaram que, apesar de existir enormes diferenças entre as duas equipas a nível técnico e de classe, a Espanha estava determinada a não permitir veleidades à equipa de Bidu Zaugg. "Penso que foi importante demonstrar isso desde o início", disse Fàbregas ao UEFA.com.

"Por vezes, quando se tem sempre a bola e se criam oportunidades atrás de oportunidades, é possível que uma equipa demore demasiado tempo a adaptar-se ao que se está a passar e que, depois, não consiga ser suficientemente incisiva", acrescentou o médio. "Neste jogo com o Liechtenstein, penso que estivemos bom porque fomos eficazes e porque variámos constantemente os passes de um lado para o outro do campo, à procura de espaços. O Liechtenstein defendeu muito e apenas tentou afastar a bola quando pôde fazê-lo, pelo que nossa intensidade, concentração e vontade de vencer foram vitais."

Houve um mundo de diferenças entre o ambiente escaldante da vitória da Espanha sobre a Holanda, na final do Mundial, no Soweto, e o pitoresco Estádio Rheinpark de Vaduz, onde um quarteto feminino de saxofones, vestido com uniformes brilhantes, tocou os hinos nacionais. Mas Alonso destacou a capacidade mostrada pelos visitantes de revelar a mesma atitude que os tornou campeões da Europa e do Mundo.

"Não há dúvidas de que esta era a abordagem necessária", referiu o médio do Real Madrid CF. "Tentámos aplicar o mesmo estilo e a mesma intensidade do Campeonato do Mundo. Sabíamos que tínhamos de entrar totalmente concentrados, sem sermos demasiados confiantes, porque qualquer jogo se pode complicar se não tivemos a atitude certa. Isso foi fundamental."

De facto, os espanhóis podiam ter ganho por mais, se não fosse a exibição tenaz do guarda-redes do Liechtenstein, Peter Jehle. "Tentámos ser uma equipa difícil de bater e penso que o conseguimos até certo ponto", indicou o guarda-redes do Vaduz FC e antigo jogador do Boavista. "A Espanha não é apenas a melhor equipa do Mundo neste momento. É também a que joga melhor futebol. É difícil contrariar o jogo deles porque trocam a bola muito depressa."

"Mas procurámos aguentar os 90 minutos e, no final, ficámos um pouco desiludidos com o resultado. Claro que foi na mesma uma boa noite para nós, porque recebemos os campeões mundiais e aprendemos com este jogo."

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