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Espanha estabelece padrões elevados

Para abrir o apetite numa altura em que Campeonato da Europa inicia esta semana o seu ciclo 2010-12, o UEFA.com faz uma retrospectiva do triunfo da Espanha na Áustria e na Suíça há dois anos.

O triunfo da Espanha foi o seu primeiro desde o Campeonato da Europa de 1964
O triunfo da Espanha foi o seu primeiro desde o Campeonato da Europa de 1964 ©Getty Images

Dois anos depois de a Espanha ter finalmente cumprido uma eterna promessa e conquistado o UEFA EURO 2008, uma nova vaga de heróis vai tentar emergir com o início da fase de qualificação para o Campeonato da Europa, esta semana.

Foi no dia 29 de Junho de 2008 que o longo jejum de 44 anos da Espanha por um troféu terminou, graças a um tento solitário de Fernando Torres frente à Alemanha, em Viena. A partir do dia 11 de Agosto, vários pretendentes vão alinhar-se para o assalto ao título do UEFA EURO 2012, ainda assim devem lembrar-se da exibição de classe e força da "furia roja" na Áustria e na Suíça.

O momento em que Torres passou por Philipp Lahm antes de picar a bola por cima do guarda-redes alemão Jens Lehmann trouxe a confirmação de que a Espanha cumpria finalmente todo o seu potencial. Enquanto gerações precedentes tinham-no feito em vão, a equipa de Luis Aragonés cumpriu esse objectivo numa campanha alimentada quer pela harmonia no plantel, quer pela qualidade dentro de campo. Impressionaram com ritmo, jogo de passes e potência a caminho de erguer o primeiro troféu da Espanha desde o Europeu de 1964.

Se os médios Xavi Hernández e Andrés Iniesta – autor do golo da vitória na final do Campeonato do Mundo de 2010 – controlaram o ritmo da Espanha através de rapidez de processos e passes precisos, a dupla atacante composta por David Villa e Torres forneceu o poder de finalização. A Espanha já tinha assinalado as suas intenções desde o início, ao bater a Rússia por 4-1 no Grupo D. Villa, antecipando os seus feitos subsequentes no Mundial, terminando como melhor marcador do UEFA EURO 2008, facturou um "hat-trick".

Ele e Torres voltaram a marcar frente à Suécia, numa vitória por 2-1, resultado que repetiram frente à Grécia, campeã em título. Enquanto essas três vitórias na fase de grupos aceleraram as emoções espanholas, o optimismo transformou-se em crença depois de a equipa ter afastado a Itália, campeã mundial, nos quartos-de-final, no desempate por penalties, apurando-se para as meias-finais.

Mas a Espanha não foi a única selecção a dar nas vistas num torneio alpino onde os ataques levaram a melhor sobre as defesas. A Holanda tinha pulverizado a Itália, por 3-0, e a França, por 4-1, em vitórias consecutivas na fase de grupos, com os comandados de Marco van Basten a desembaraçarem-se de opositores ilustres. No entanto, a selecção "laranja" foi batida no seu estilo de jogo nos oitavos-de-final. A Rússia de Guus Hiddink, inspirada por Andrei Arshavin, venceu por 3-1, após prolongamento.

A caminhada surpreendente da equipa russa terminou em Viena, onde a Espanha voltou a ser mais forte e confirmou a presença na final, com uma vitória por 3-0. O seu adversário na final, a Alemanha, parecia que estava em casa no país vizinho, enquanto os co-anfitriões Áustria e Suíça desiludiram. A equipa orientada por Joachim Löw tinha vencido a Polónia, antes de uma derrota com a Croácia ter proporcionado um embate decisivo na fase de grupos, frente à Áustria, que os germânicos venceram por 1-0.

E se a Alemanha tinha sentido algumas dificuldades até essa altura, encontrou o ritmo frente a Portugal, nos quartos-de-final – alcançando uma vantagem de 2-0 logo aos 26 minutos, acabando por vencer por 3-2. Seguiu-se mais emoção nas meias-finais, batendo a Turquia pelo mesmo resultado.

A selecção de Fatih Terim abrilhantou a competição com vitórias consecutivas nos instantes finais das partidas frente a Suíça, República Checa e Croácia, chegando às meias-finais. No entanto, em Basileia, provou do próprio veneno, com o golo de Lahm, aos 90 minutos, a valer o apuramento à Alemanha.

O mesmo jogador alemão parecia ter o passe de Xavi controlado, quando o médio lançou Torres aos 33 minutos da final de Viena. No entanto, tal como aconteceu várias vezes durante um mês memorável para a equipa de Aragonés, o espanhol tomou a dianteira e deu a sua contribuição decisiva para a vitória.