SuperTaça promove “Futebol Unido pela Paz”
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
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Crianças oriundas de nove países juntaram-se a jogadores e árbitros num cordão humano antes do jogo da SuperTaça Europeia, em Tbilissi, para passar uma mensagem de união.
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Jovens oriundos de nove países juntaram-se, esta terça-feira, às estrelas do FC Barcelona e do Sevilla FC e aos árbitros na partida da SuperTaça Europeia da UEFA para transmitirem uma poderosa mensagem de esperança - “Futebol Unido pela Paz”.
Este momento único e histórico na Boris Paichadze Dinamo Arena, em Tbilissi, na Geórgia, antes da final 100 por cento espanhola entre os vencedores da época passada da UEFA Champions e League e da UEFA Europa League, surgiu sob a forma de uma cordão humano composto pelos jogadores de ambas as equipas, os árbitros e cerca de 1000 crianças, acompanhadas por adultos da Geórgia e dos países vizinhos: Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, República da Moldávia, Rússia, Turquia e Ucrânia.
A ideia de criar o cordão humano partiu de uma acção conjunta com a Federação de Futebol da Geórgia (GFF) e da Fundação da UEFA para as Crianças.
A GFF aproveitou a ocasião com o apoio da fundação e a colaboração total das restantes oito federações. O foco esteve sobre as crianças oriundas das zonas em conflito na Europa, transmitindo a ideia de paz e união e mostrando o quão o futebol pode actuar como força unificadora.
Todas as nove federações envolvidas na acção reconheceram instituições que apoiam crianças em situações vulneráveis. O critério foi de que as crianças tinham de ter entre 10 e 12 anos e vencido torneios locais de futebol de “raízes”; crianças oriundas de orfanatos; refugiados de territórios ocupados na Geórgia; ou crianças de famílias de militares que perderam familiares em operações militares.
A cerimónia de abertura iniciou-se com danças do folclore da Geórgia, para celebrar as características de ambas as equipas, após o que as equipas subiram ao relvado para ouvir o hino da SuperTaça Europeia da UEFA. Sucedeu-se então o “cordão humano” e um grupo de crianças da Geórgia, com idades entre os 10 e 13 anos, interpretou depois a canção de John Lennon, “Imagine”.
Sucedeu-se uma actuação do grupo de dança georgiano Erisoni, este ano a comemorar o seu 130º aniversário, e que envolveu 200 pessoas, dançarinos profissionais e bateristas adolescentes e crianças. Os jovens seguraram faixas gigantes representando os troféus da UEFA Europa League e da UEFA Champions League e o logótipo da SuperTaça Europeia da UEFA, com letras em 3D que desenham o os nomes das equipas e do lema "Futebol Unido pela Paz".
O Presidente da UEFA, Michel Platini, teceu muitos elogios à iniciativa. “O futebol dá-nos a grande oportunidade de estar unidos enquanto sociedade e de capacitar as crianças”, disse. “A infância é uma fase em que exibimos um potencial mais extraordinário e esperamos que a presença destas crianças neste grande ocasião em Tbilissi possa ser uma inspiração para o seu futuro.”
“Queríamos agradecer à Federação de Futebol da Geórgia e ao seu presidente, Zviad Sichinava o trabalho feito com a Fundação da UEFA para as Crianças”, acrescentou Platini, “a fim de poder fazer a diferença para as crianças em situação vulnerável neste projecto”.
A Fundação da UEFA para as Crianças, criada em Abril deste ano, decorre de uma iniciava de Michel Platini e visa o apoio às crianças e à salvaguarda dos seus direitos, utilizando o desporto apara apoiar projectos humanitários ligados aos direitos das crianças numa variedade de áreas.
“Todos irão receber uma mensagem de paz e de união das crianças – a mensagem que é importante para a sociedade", disse o presidente da GFF, Zviad Sichinava. "A inclusão desta mensagem na cerimónia que precede o início do jogo mostra a importância para a UEFA destes valores fundamentais – valores que levaram à inauguração da Fundação da UEFA para as Crianças.”
“Gostaria de agradecer a todas as federações participantes o seu apoio no trabalho conjunto de utilização da vasta popularidade do futebol como uma plataforma de promoção de valores vitais para uma audiência à escala global.”