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Puyol "privilegiado" despede-se do Barça

Carles Puyol quer ser lembrado como um jogador que "deu o máximo", após o capitão do Barcelona ter anunciado que irá terminar a ligação ao clube devido a uma persistente lesão num joelho.

Carles Puyol ajudou o Barcelona a vencer por três vezes a UEFA Champions League
Carles Puyol ajudou o Barcelona a vencer por três vezes a UEFA Champions League ©AFP

O capitão Carles Puyol decidiu colocar um ponto final numa ligação de 15 anos ao FC Barcelona e marcou presença numa cerimónia de despedida na sede do clube catalão.

O defesa, de 36 anos, tinha anunciado a decisão de deixar o Barcelona em Março, justificando a saída com uma persistente lesão num joelho. Na despedida oficial, realizada esta quinta-feira no Auditori 1899, Puyol voltou a falar da lesão que o obrigou a terminar com um percurso vitorioso em Camp Nou.

"Como já expliquei há alguns meses, os problemas no meu joelho não desapareceram e vou terminar a carreira como jogador do Barcelona a 30 de Junho", explicou Puyol perante uma plateia que contava com antigos e actuais jogadores, familiares e amigos, dirigentes e jornalistas. "Tentei encontrar uma solução com os médicos do clube, mas não foi possível. No entanto, isto não significa que vá desistir. Quero recuperar do joelho, não para voltar a jogar, mas para poder continuar a praticar desporto, continuar a correr, algo que não consigo fazer agora".

Acompanhado no palco pelo presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, e pelo director desportivo Andoni Zubizarreta, Puyol confessou que se sente um "privilegiado por ter concretizado o sonho de milhares de crianças" ao disputar 593 jogos e conquistar 21 troféus importantes ao serviço do Barça. "Tenho a certeza absoluta que dei o máximo pelo Barcelona e pelo futebol. Gostaria de ser recordado por isso, por ser um jogador que deu sempre tudo em campo", destacou o defesa.

Quanto aos planos para o futuro, o vencedor do UEFA EURO 2008 e do Campeonato do Mundo ao serviço de Espanha explicou que ainda não tomou uma decisão definitiva. "Treinar não é algo que goste especialmente, mas é uma hipótese que não posso afastar", explicou Puyol. "Neste momento considero mais apelativo preparar-me para trabalhar noutras áreas do clube, mas ainda não decidi”.

"Durante 19 anos tive oportunidade de fazer aquilo que mais gosto. Ganhei muitos troféus, mas o que vou lembrar para sempre é a vertente humana deste clube. Gostaria de agradecer aos presidentes, aos funcionários, aos treinadores e aos meus colegas de equipa", acrescentou "Puyi". "Nunca vou esquecer os adeptos e o apoio que me deram, estiveram sempre do meu lado. Tenho a sorte de ter alinhado aos lado dos melhores jogadores e das melhores pessoas do mundo. Finalmente, gostaria de prestar homenagem àqueles que já não estão cá: o meu pai, Miki Roqué, Luis Aragonés e Tito Vilanova".

O Barcelona vai disputar no sábado um encontro decisivo ante o Club Atlético de Madrid e tem de vencer para conseguir o 23º título na Liga espanhola, com Puyol a afirmar: "Penso que não terei de fazer uma palestra à equipa antes do jogo. É uma 'final' que temos de ganhar e tenho a certeza que o vamos conseguir com o apoio dos nossos adeptos".

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