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UE apoia UEFA contra os resultados combinados

O Presidente da UEFA, Michel Platini, ganhou mais apoios da União Europeia na luta contra os resultados combinados, numa reunião informal com os ministros do Desporto da UE, em Cracóvia.

Michel Platini e Adam Giersz, ministro do Desporto da Polónia
Michel Platini e Adam Giersz, ministro do Desporto da Polónia ©PL2011.eu

O Presidente da UEFA, Michel Platini, ganhou mais apoios da União Europeia na luta contra os resultados combinados, numa reunião informal com os ministros do Desporto da UE, realizada esta quinta-feira em Cracóvia.

A reunião de dois dias é um passo fundamental na agenda da presidência polaca da UE, cujo objectivo é chegar a conclusões no Conselho Europeu no final deste ano, para combater os resultados combinados. Esta seria uma enorme evolução, já que essas conclusões serão a base da futura política desportiva da UE e do programa de trabalho do organismo executivo da UE, a Comissão Europeia, mais concretamente.

Michel Platini afirmou: "Queria agradecer à presidência polaca por chamar tanta atenção para este tema, a maior ameaça que o desporto europeu enfrenta. Mas estou muito esperançado, já que existe uma vontade real de entrar em acção na Europa. Falei no Conselho da Europa, em Estrasburgo, no mês passado, quando foi votada uma importante recomendação no que diz respeito a resultados combinados. Agora, a União Europeia volta a mostrar o que pode fazer. Juntos podemos salvaguardar o futuro do desporto e do futebol na Europa."

O Presidente da UEFA reuniu-se com os ministros do Desporto na Polónia, pouco depois do sorteio do "play-off" do UEFA EURO 2012, ao qual os ministros também assistiram. O seu discurso sublinhou a importância de os resultados combinados serem criminalizados e de se tornarem uma ofensa criminal específica, como já acontece em alguns Estados-membro da UE, como Itália, Espanha, Reino Unido, Bulgária, Polónia e Portugal.

Platini também alertou para o reconhecimento do que é o direito de propriedade dos organizadores desportivos, no contexto de apostas feitas nas próprias competições. "Não é legislação que eu estou a pedir neste caso. Estou simplesmente a chamar a atenção para o justo reconhecimento de um direito - o de o futebol europeu não correr o risco de se tornar uma vítima, se não um escravo, do crime organizado nas apostas on-line."

A França é o primeiro país da Europa a incluir este direito na lei. Em última análise, este direito de propriedade assegura a cooperação entre os organizadores desportivos e as empresas de apostas e leva a maiores transparência, monitorização e mecanismos de controlo, podendo ajudar a combater a lavagem de dinheiro através de apostas.

Para além disso, as empresas de apostas podem ser contratualmente obrigadas a reportar padrões irregulares de apostas, levando também a uma maior cooperação entre os organismos desportivos e os operadores de apostas, no que diz respeito ao tipo de apostas que podem ser permitidas.

No início deste ano, o Comité Executivo da UEFA aprovou a criação de uma rede de oficiais de integridade a nível europeu. Para além de funcionarem como oficiais de ligação e coordenação entre as autoridades futebolísticas e as agências estatais de aplicação da lei em casos de suspeitas de resultados combinados, os oficiais de integridade irão trocar informações com a administração da UEFA. Irão, igualmente, monitorizar os procedimentos disciplinares e organizar programas educativos para jogadores, árbitros e treinadores, no contexto de uma efectiva estratégia de prevenção.

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