Grupo de trabalho da UEFA regressa ao Qatar a um ano do Mundial de 2022
sábado, 11 de dezembro de 2021
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Com o torneio cada vez mais perto, o grupo de trabalho visitou o Qatar e reuniu-se com instituições e pessoas importantes no país anfitrião. O foco foi sobre como os desenvolvimentos se vão intensificar antes, durante e após o torneio.
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O grupo de trabalho da UEFA sobre os direitos dos trabalhadores no Qatar realizou a sua segunda visita ao anfitrião do Campeonato do Mundo de 2022, para continuar o diálogo no local sobre a situação no país na preparação para o torneio do próximo ano.
Após uma primeira visita, em Agosto deste ano, a visita a Doha nos dias 9 e 10 de Dezembro teve como objectivo continuar a recolha de informações sobre os desenvolvimentos no Qatar através de debates e troca de ideias com autoridades, instituições e pessoas. As conversas também analisaram os principais pontos de interesse para as federações europeias.
O grupo de trabalho aproveitou esta visita para tentar um diálogo mais próximo com várias partes, incluindo representantes do Ministério dos Negócios Estrangeiros e do Ministério do Trabalho do Qatar, Federação de Futebol do Qatar e Comité Supremo para a Organização e Legado, que facilitaram e apoiaram activamente durante toda a visita.
O grupo também se reuniu com representantes da Amnistia Internacional, do Sindicato Internacional da Construção (BWI), da Organização Internacional do Trabalho (OIT), do Comité Nacional de Direitos Humanos (NHRC), da FIFA e representantes de algumas das respectivas embaixadas locais.
Além disso, e através da BWI, o grupo reuniu-se com um grupo de trabalhadores migrantes para compreender a experiência que viveram.
A visita, que culminou no Dia dos Direitos Humanos da ONU, ocorreu a menos de um ano do arranque do Mundial, que vai decorrer entre 21 de Novembro e 18 de Dezembro de 2022, e as conversas centraram-se em particular nos esforços de desenvolvimento para o ano que precede a competição.
Entre os tópicos debatidos incluiu-se o seguinte:
• Direitos laborais: Implementação de reformas e aplicação de leis
• Protecção da liberdade de imprensa
• Interacção com os adeptos e envolvimento do torneio
• Importância da não-discriminação, em particular os direitos das mulheres e segurança e inclusão para a comunidade LGBTQ+
• Verificações diligentes dos fundamentais direitos humanos em todos os processos relacionados com o torneio
A visita do grupo a Doha também procurou alargar o raio de interacção com outras partes importantes. Isso incluiu potenciais novas conversas sobre a presença de trabalhadores migrantes na hospitalidade, um sector que ganhar cada vez mais relevância já que os projectos de infra-estrutura estão a ser concluídos ou a entrar na fase final de construção.
A visita também se concentrou na recolha de informações mais detalhadas no que ao legado diz respeito, e o que o país e as instituições envolvidas farão para garantir que os desenvolvimentos positivos realizados perdurem após o fim do torneio.
A visita reforçou que o torneio continua a ser um catalisador para uma mudança positiva e também ajudou a definir o rumo de futuras visitas ao anfitrião do Mundial, que acontecerão em 2022 e 2023.
Entre os participantes estiveram representantes das federações de Inglaterra, Alemanha, Países Baixos, Noruega, Rússia, Suécia e Suíça, bem como Michele Uva, Emily Shaw, Sara Holmgren e Laura Piccolo, membros da administração da UEFA, juntamente com Nodar Akhalkatsi e Andreas Graf, da FIFA. Além disso, o grupo de trabalho contou com representantes de outras duas federações nórdicas (Dinamarca e Finlândia).
Michele Uva, director de futebol e responsabilidade social da UEFA e membro do grupo de trabalho da UEFA, disse: "As 55 federações-membro da UEFA estão a trabalhar em conjunto para alinhar todas as interacções, dúvidas e trocas com o anfitrião do Campeonato do Mundo da FIFA, bem como com várias instituições e sindicatos, em relação a questões de direitos humanos e direitos laborais no Qatar.
Gostaria de agradecer ao Comité Supremo do Qatar pelo acesso concedido, abertura e vontade para debater todos os assuntos. Além disso, gostaria de agradecer às organizações independentes e indivíduos pela sua colaboração".