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Conferência Mulheres no Desporto levanta questões-chave

A primeira Conferência Mulheres no Desporto realizou-se em Nyon, com o objectivo de inspirar os delegados a tomarem medidas para consumarem o potencial das mulheres no desporto.

Karen Espelund fala na primeira Conferência Mulheres no Desporto, em Nyon
Karen Espelund fala na primeira Conferência Mulheres no Desporto, em Nyon ©UEFA.com

Mais de 100 mulheres activas no desporto reuniram-se a 19 de Fevereiro na sede da UEFA, nas margens do Lago Genebra – casa de quase todos os organismos desportivos internacionais – para a primeira Conferência Mulheres no Desporto, organizada pela womeninsport.com.

O ponto de partida foi a constatação de que, apesar dos progressos recentes, as mulheres continuam sub-representadas no mundo do desporto. Em comparação com os seus colegas do sexo masculino, há menos participantes femininas, ganham menos como atletas e administradoras e são vistas com menos frequência em direcções-executivas, para além de que o desporto feminino é alvo de uma menor cobertura por parte da comunicação social.

"Não há qualquer dúvida de que as mulheres no desporto são uma força para o bem. Posto isto, o seu potencial como grupo ainda não foi concretizado. Considero, por isso, um privilégio fazer parte desta primeira Conferência Mulheres no Desporto, que tem como objectivo dar passos importantes para maximizar esse potencial", afirmou Karen Espelund, membro do Comité Executivo da UEFA.

"Este evento é uma oportunidade para as mulheres de todos os sectores da indústria do desporto partilharem as suas experiências e ideias, e tornarem-se parte da crescente rede de profissionais e entusiastas do desporto."

Em termos de popularidade, o futebol feminino é uma das modalidades com crescimento mais rápido em todo o Mundo. Porém, em todos os desportos e em todos os níveis – desde o terreno de jogo até às administrações – mais mulheres precisam de garantir o seu lugar antes de podermos falar em igualdade de género no desporto. Actualmente, apenas 17 por cento de todos os cargos de responsabilidade nos órgãos desportivos são detidos por mulheres.

E em relação às mulheres nos Jogos Olímpicos? Só a partir de Londres 2012 é que se registou um verdadeiro ponto de viragem no que toca à participação. Pela primeira vez na História, 44 por cento dos atletas eram mulheres. De acordo com Dominique Niyonizigiye, do Comité Olímpico Internacional, cujos programas incluem Mulheres no Desporto, isto assinalou o início de uma nova era.

Clara Pietri, de apenas 20 anos, mas que já é campeã de golfe e que se prepara ser profissional, foi a Nyon para falar sobre a sua carreira, a paixão pelo golfe e como é ser uma mulher no desporto. Acredita que, em vez de serem vistas como negativas, as diferenças entre homens e mulheres devem ser cultivadas a todos os níveis.

"Em termos físicos não se pode comparar as mulheres com os homens, mas é isso que torna o desporto feminino tão belo: o que nos falta em força temos de compensar a nível táctico, habilidade e criatividade".

Anna Falth, da Nações Unidas Mulheres, lembrou que, longe de serem uma minoria na sociedade, as mulheres constituem metade da população mundial. E o desporto deveria ser um espelho da sociedade. Muitas iniciativas estão a surgir para apoiarem as mulheres no desporto e isso só pode ser bom. Os participantes na conferência concordaram, contudo, que falta ainda um longo caminho para mudar as mentalidades e as estruturas organizacionais.

Para Tatiana Oberson, que fundou Mulheres no Desporto e organizou esta primeira conferência, o objectivo era aumentar a consciencialização dos 130 participantes e esperar que, depois, questionem o "status quo" dentro das suas organizações.

Para mais informações sobre Mulheres no Desporto, visite womeninsport.com.

Poderá também querer explorar a plataforma interactiva da Nações Unidas Mulheres para a capacitação económica das mulheres: empowerwomen.org.

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