Como Batya Bagully regressou às suas raízes
terça-feira, 17 de maio de 2016
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A avançada dos LA Galaxy San Diego, Batya Bagully, aproveitou a oportunidade para se ligar ao país de onde nasceu num recente torneio de desenvolvimento da UEFA na ARJ Macedónia.
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Muitas promissoras jogadoras tiveram a ocasião de vestir a camisola dos seus países, pela primeira vez, no recente torneio de desenvolvimento de Sub-16 da UEFA, na ARJ Macedónia – e um delas estava particularmente entusiasmada com a estreia no cenário internacional.
A avançada do LA Galaxy San Diego, Batya Bagully, jogou pelo Cazaquistão na prova – que também contou com a participação do Luxemburgo e Ucrânia, para além da anfitriã – fazendo uma longa viagem desde os Estados Unidos até às suas raízes. Com quase 15 anos, a talentosa avançada deixou o Cazaquistão com apenas dez meses de vida, altura em que foi adoptada por uma família nos Estados Unidos.
Bagully aprende a jogar futebol desde os oitos anos na academia dos LA Galaxy San Diego, na Califórnia, mas recebeu um convite da Federação de Futebol do Cazaquistão (KFF) para representar o seu país de nascimento. O convite foi aceite e – acompanhada pelos pais Stephanie e James – Bagully fez uma longa e emocionante viagem para disputar o torneio de desenvolvimento.
O trajecto começou quando Bagully chegou a Shymkent, no sul do Cazaquistão, onde passou duas semanas a treinar com as suas novas colegas de selecção, como parte da preparação para a competição da UEFA, a disputar em Skopje.
"A viagem para Shymkent foi muito longa, mas sabe bem estar aqui, é muito bonito", explicou. "[Apesar do] inglês não se falar muito, é futebol – e o futebol fala a mesma linguagem em qualquer lado, pelo que estava cada vez mais entusiasmada com o aproximar do dia [do começo desta experiência]."
Bagully estreou-se pelo Cazaquistão na derrota por 5-2 com a anfitriã Macedónia, na primeira jornada do torneio de desenvolvimento da UEFA. Seguiram-se dois empates nos restantes encontros ante Ucrânia e Luxemburgo – e Bagully estava mais que emocionada com a sua contribuição.
"Estou muito orgulhosa de representar o meu país de nascimento e estar aqui", disse ao UEFA.org. "É a coisa mais entusiasmante que alguma vez me aconteceu. Nunca penso que isto iria acontecer até ter acontecido!"
Jogar pela primeira vez ante adversários internacionais, proporcionou-lhe benefícios na sua evolução enquanto jogadora. "Ajudou-me a aprender mais sobre o jogo e as jogadoras, pelo que foi fantástico estar aqui neste torneio."
Concebido para dar às jovens jogadoras oportunidades de aferirem as suas capacidades e ganhar experiência de jogo, os torneios de desenvolvimento da UEFA são também uma grande ocasião para a próxima geração de jogadoras encontrar pessoas de culturas diferentes e fazer novas amizades. "[Haviam] raparigas de países diferentes, pelo que foi muito bom conhecê-las", disse Bagully. "Apesar da língua ser diferente, o futebol é o mesmo [em todo o lado]. O futebol junta as pessoas, qualquer que seja a língua que fala."
Regressada ao ambiente com as colegas dos LA Galaxy San Diego, Bagully espera agora a próxima ocasião para jogar pelo Cazaquistão. "Fui questionada pelos treinadores das Sub-16 do Cazaquistão se estaria interessada em jogar por elas no futuro", afirmou. "E, é claro, disse que que 'sim'. Seria uma honra entrar em campo com a camisola do Cazaquistão."
"A possibilidade da Batya de jogar pela selecção de Sub-16 do Cazaquistão foi uma experiência de uma vida para ela", de acordo com o seu pai, James. "Ela foi rapidamente aceite pela equipa e criaram um grupo fantástico. Tudo foi maravilhoso e estamos ainda a processar tudo aquilo que nos aconteceu, as pessoas que conhecemos. Os torneios de desenvolvimento da UEFA são um enorme sucesso em tantos aspectos…"