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Prémio Presidente da UEFA: memórias de Eusébio

Presidente

Vencedor do Prémio Presidente da UEFA em 2009, Eusébio disse ao UEFA.com que a intenção do Benfica em "jogar futebol bonito" ajudou-o a brilhar na década de 1960.

Prémio Presidente da UEFA: memórias de Eusébio
Prémio Presidente da UEFA: memórias de Eusébio ©UEFA.com

Em 2009, o contributo decisivo de Eusébio para o futebol moderno foi reconhecido, já que seguiu as pisadas de Bobby Charlton e Alfredo di Stéfano, seu ídolo, ao receber o Prémio Presidente da UEFA. Foi uma distinção merecida para o homem que se sagrou melhor marcador do Campeonato do Mundo de 1966 ao serviço de Portugal, com nove golos, e que conquistou a Taça dos Clubes Campeões Europeus em 1961/62 com a camisola do SL Benfica.

Eusébio bisou nessa vitória por 5-3 na final frente ao Real Madrid CF, apesar de – tal como contou ao UEFA.com – o triunfo não ter sido a única coisa que tinha em mente para o desafio em Amesterdão. "Antes do jogo pedi a Coluna, que sempre tratei com respeito e por 'senhor', para me apresentar a Alfredo di Stéfano, porque queria conhecê-lo", admitiu. "Para mim, o mais importante era ter a camisola de Di Stéfano. Eu ia jogar e tentar vencer, mas se não conseguisse, pelo menos que ficasse com a camisola dele."

Mesmo quando o Benfica festejava a sua vitória, essa preocupação continuava visível em Eusébio, nascido em Moçambique. "A minha preocupação era chegar junto de Alfredo di Stéfano o mais rapidamente possível", recordou. "Depois, ele tirou a sua camisola e deu-ma. Foi algo espectacular. De seguida, cheguei junto ao banco e disse ao Simões: 'Olha Simões, tenho a camisola do meu ídolo, Alfredo di Stéfano'. Simões começou a rir-se e disse 'mas nós somos campeões europeus'. Eu respondi: 'Não quero saber se somos campeões europeus - eu só queria a camisola de Di Stéfano!'"

Foi uma oferta que Eusébio continuou a estimar até à sua morte, com 71 anos, no início de 2014, altura em que era tanto uma lenda quanto um ídolo. O avançado tinha ganho 11 campeonatos e cinco Taças de Portugal com o Benfica, impressionando todos quantos chegavam ao clube com as suas qualidades. "A equipa do Benfica nesses anos era como uma família", disse Eusébio. "Começávamos um jogo com o desejo de vencer, mas respeitando o adversário. 'Estamos aqui para ganhar'. Mas não apenas para ganhar… como também para praticar bom futebol. Jogar futebol bonito que os adeptos aplaudam, e marcar golos, pois os adeptos adoram ver golos."

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